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Animais silvestres apreendidos em São Paulo voltam para o habitat natural em Belém

A carga de animais silvestres vítima de tráfico continha aves, serpentes e quelônios, sem a necessária documentação ambiental

Por Aline Saavedra (SECOM)
21/06/2022 16h47

Animais silvestres apreendidos na cidade de São Paulo (SP), procedentes do Pará, vítimas de tráfico interestadual rodoviário, já retornaram para Belém e foram soltos em Unidade de Conservação (UC) na Região Metropolitana de Belém (RMB), para a vida livre em habitat natural. Técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) orientaram os profissionais paulistas para o retorno, por via aérea, dos animais sobreviventes. Ao chegarem ao Aeroporto Internacional de Belém, os animais foram encaminhados ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cetras), da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), de onde saíram nesta terça-feira (21), totalmente recuperados para viver na natureza.

Na capital paulista, a denúncia partiu de um motorista de caminhão, que declarou não ter sido comunicado que transportava a carga de animais silvestres – aves, serpentes e quelônios -, sem a necessária documentação ambiental. Algumas serpentes e todas as aves transportadas não resistiram e morreram. Retornaram a Belém seis jabutis machados ou cágados (Platemys platycephala), quatro jabutis tinga ou do pé amarelo (Chelonoides denticulatta) e uma serpente.

Ana Sílvia Ribeiro, professora da Ufra e responsável pelo Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (Cepas) da instituição, explicou que 11 animais silvestres chegaram de São Paulo, e sete estavam prontos para soltura na Unidade de Conservação. “A serpente não resistiu ao tratamento e morreu. Todos os outros chegaram magros, necessitando ganhar peso. Um dos jabutis tinga, do pé amarelo, que estava com pneumonia, já está bem ativo, pronto para a vida livre. Só três cágados vão continuar em recuperação no Cepas, aguardando outro momento para serem soltos”, informou a professora.

Soltura - A bióloga Augusta Lima, agente de fiscalização da Gerência de Fauna e Recursos Pesqueiros, da Semas, disse que “os animais foram soltos onde são liberados todos os animais recebidos pela Difisc, por entrega voluntária ou por outros órgãos ambientais, após triagens e recuperação física, em ambientes naturais, adequados às espécies”, explicou. Também participou da soltura dos animais o engenheiro agrônomo e agente de fiscalização, Ronald Costa.

A integrante da equipe da Semas, bióloga Jaqueline Almeida, disse que a Diretoria de Licenciamento Ambiental da Semas orientou a concessão da licença ambiental para a viagem dos animais silvestres da cidade de São Paulo até Belém. “A Gerência de Fauna, Flora e Recursos Pesqueiros emite licença ambiental para criadouros de animais silvestres para fins comerciais (jabutis); científicos (primatas para a Universidade Federal do Pará - UFPA; caititus para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa e serpentes), e ainda a mantenedores, para fins de conservação das espécies”, informou.

Serviço: As entregas voluntárias de animais silvestres podem ser feitas na Diretoria de Fiscalização (Difisc), no Parque Estadual do Utinga, na João Paulo II, das 09 às 12 h, de segunda a sexta-feira. As denúncias envolvendo situação de cativeiro, risco e maus-tratos devem ser encaminhadas à Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa), da Polícia Civil, e para o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), pelo número 190.