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Hospital Regional Público do Leste mantém equipe multiprofissional para casos de AVC

O serviço funciona por 24 horas, em Paragominas, e de janeiro a maio deste ano, assistiu 382 pessoas com todas as fases de evolução da doença

Por Governo do Pará (SECOM)
25/06/2022 14h39

Profissionais de Saúde do Hospital Regional Público do Leste (HRPL), em Paragominas, referência no atendimento ao AVC Dados da Organização Mundial do AVC apontam que a cada 6 segundos, independentemente da idade ou sexo, alguém em algum lugar do mundo morre de Acidente Vascular Cerebral (AVC), e que a doença provoca mais mortes anuais do que a AIDS, tuberculose, malária, dengue e gripe A – juntos, o que equivale a 14,5 milhões casos de AVC’s e 5,5 milhões de mortes.

No Brasil, o AVC é a segunda causa de morte, conforme o Ministério da Saúde, que comunica 400 mil casos/ano e mais de 100 mil óbitos. A cada 5 minutos ocorre uma morte por AVC. O Hospital Regional Público do Leste (HRPL), no município de Paragominas - polo econômico da região do Capim – é referência no atendimento ao AVC para os 23 municípios dessa macrorregião.

Para atender a demanda, o hospital conta com uma equipe multiprofissional completa, em sobreaviso de 24 horas. São neurocirurgiões, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, entre outros, aptos a assistir pacientes com AVC, em todas as fases de evolução da doença.

Dados da doença

Em 2021, o HRPL atendeu 1.096 usuários acometidos por AVC. Neste ano de 2022, de janeiro a maio, 382 pessoas foram admitidas na Unidade com a doença.

De acordo com o coordenador da equipe de neurocirurgia do HRPL, o neurocirurgião Joelton Fernandes Fonseca, o AVC, popularmente conhecido como derrame, ocorre quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a morte de áreas do cérebro que ficaram sem circulação sanguínea. 

“Existem 2 tipos de AVC: o Isquêmico, que corresponde 85% dos casos, é o tipo mais comum, quando há obstrução do vaso sanguíneo, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo; e o Hemorrágico, que corresponde a 15% dos casos, e ocorre quando há rompimento ou vazamentos de um vaso sanguíneo no cérebro, provocando sangramento. Em geral, é mais grave que o isquêmico", informa o neurocirurgião.

Antônia Celia Braz de Vasconcelos, 50 anos, moradora de Paragominas, conta que começou a sentir os sintomas de AVC com tremores em uma das pernas e nos braços, além de dificuldade para falar e andar. A dona de casa foi imediatamente encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), e após o primeiro atendimento, a Unidade referenciou para o atendimento especializado da equipe multiprofissional do HRPL.

No Hospital, Célia chegou a ficar na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e, atualmente, a usuária recupera-se na Unidade de Internação, de onde, segundo informações da diretoria Assistencial, sairá 100% curada e sem sequelas provenientes do AVC, por ter sido encaminhada rapidamente ao serviço de referência disponível no HRPL.

"Eu sou muito grata ao ótimo atendimento que recebi, desde quando cheguei aqui. Tenho muita gratidão e afeto por todos os profissionais do HRPL", reconheceu a usuária. 

De acordo com o coordenador da equipe de neurocirurgia do HRPL, o rápido encaminhamento à equipe especializada no atendimento às pessoas com AVC, é um fator importantíssimo para a manutenção da vida e minimização das sequelas. 

“Após a identificação dos primeiros sintomas, o socorro deve ser imediato. O atendimento médico nas primeiras 4,5 horas após o início dos sintomas é fundamental para diminuir os riscos de sequelas do AVC. No caso de um AVC isquêmico atendido dentro da janela de tempo recomendada, pode ser indicado um medicamento que dissolve o coágulo, ou até mesmo uma intervenção endovascular para desobstruir o vaso ocluído, normalizando a circulação cerebral e diminuindo, assim, as chances de sequelas. O tratamento do AVC hemorrágico também é mais eficiente quando o paciente tem atendimento nas primeiras horas", ressalta o especialista.

Além dos sintomas citados pela usuária, há outros sinais de alerta para o AVC, que são fraqueza ou formigamento na face, confusão mental, alteração na visão (em um ou ambos os olhos), alteração do equilíbrio, coordenação, tontura, dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

A equipe de neurocirurgia do HRPL orienta que, caso qualquer um desses sintomas apareçam, é fundamental ligar para o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU - 192), Bombeiros (193) ou levar a pessoa imediatamente a um hospital para avaliação clínica detalhada.

Mais sobre o AVC:
Sobre o que causa o AVC, de acordo com o MS, algumas outras doenças deixam as pessoas propensas à doença, como  hipertensão, diabetes; tabagismo; consumo freqüente de álcool e drogas, estresse, colesterol elevado, doenças cardiovasculares, sobretudo as que produzem arritmias, sedentarismo, doenças do sangue, mas o órgão também informa que existem fatores que podem facilitar o desencadeamento de um Acidente Vascular Cerebral e que são inerentes à vida humana, como o envelhecimento. 

Pessoas com mais de 55 anos têm maior propensão a desenvolver o AVC; características genéticas, como pertencer a raça negra, e história familiar de doenças cardiovasculares também aumentam a chance de AVC. Esses indivíduos, portanto, devem ter mais atenção e fazer avaliações médicas mais frequentes.

Texto de Joelza Silva / Ascom HRPL