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No Pará, descentralização do serviço de hemodiálise encurta distâncias e promove qualidade de vida

Governo do Estado amplia investimentos para oferecer o serviço especializado para os paraenses de todas as regiões

Por Caroliny Pinho (SESPA)
28/06/2022 08h28

O programa de descentralização dos serviços de saúde de alta complexidade, para garantir à população o acesso a diversos tratamentos essenciais, avança em todas as regiões, incluindo o atendimento em hemodiálise. Atualmente, o Pará possui 13 polos de serviço em Nefrologia, com oferta de Hemodiálise Ambulatorial, sediados nos municípios de Altamira, Belém, Bragança, Breves, Itaituba, Marabá, Marituba, Redenção, Santarém e Ulianópolis, nas regiões Metropolitana, Nordeste, Marajó, Sudoeste, Sudeste, Sul, Sudeste e Oeste.

Entre as unidades regionais que oferecem atendimento a pacientes que precisam de hemodiálise estão o Hospital Regional Público do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém; Hospital Regional Público do Araguaia, em Redenção; Hospital Regional Público Dr. Abelardo Santos, em Belém, no distrito Icoaraci, e o Hospital Regional Público da Transamazônica, em Altamira.

Capanema e Tucuruí também vão ofertar o serviço em suas Policlínicas, com, respectivamente, 22 e 33 poltronas. No último domingo (26), o tratamento especializado chegou ao Hospital Regional do Baixo Tocantins “Santa Rosa”, no município de Abaetetuba. O novo centro de hemodiálise dispõe de 21 equipamentos e capacidade para realizar 1.638 atendimentos por mês. A expectativa é que comece a atender nas próximas semanas, após a conclusão dos protocolos sanitários.

Durante a entrega, o governador Helder Barbalho destacou a importância do serviço à população. “Hoje damos mais um passo decisivo na consolidação e no fortalecimento do polo em saúde para o Baixo Tocantins, aqui em Abaetetuba. Já havíamos entregado o Hospital Santa Rosa, um sonho dessa comunidade e referência de atendimento para essa população do estado, mas a hemodiálise era certamente uma demanda histórica. Por muito tempo, pacientes renais crônicos tiveram que se deslocar até Belém, saindo de suas casas e de perto de suas famílias para lutar pela vida. Nesse momento entregamos o Centro e garantimos a descentralização do atendimento, além de aproximá-lo da comunidade”, frisou o governador.

Qualidade de vida

A hemodiálise é o procedimento em que uma máquina filtra e limpa o sangue do paciente renal crônico, realizando o trabalho que o rim doente não pode fazer. O processo retira do corpo o excesso de líquidos e sal, e permite ao paciente ter mais qualidade de vida. Em média, um paciente precisa realizar semanalmente três sessões em dias alternados para garantir os resultados do tratamento e uma vida saudável.

Equipamentos do Hospital Abelardo Santos“Nosso objetivo tem sido descentralizar o atendimento nefrológico no estado, pois assim os pacientes que moram longe da capital conseguem realizá-lo, 'desafogando' a rede estadual de saúde. A nova política estadual de acesso à hemodiálise está, estrategicamente, implantando o serviço nas localidades com grandes demandas do serviço. Nossa expectativa é que cada vez mais paraenses tenham acesso aos serviços públicos de saúde”, reiterou o secretário de Estado de Saúde Publica, Rômulo Rodovalho.

Altamira e Marabá

A partir desta semana, o Governo do Estado vai anunciar o tratamento de hemodiálise para outros municípios. No sábado (25) foi assinado convênio para levar atendimento nefrológico ao município de Tailândia, com 22 poltronas, na Região de Integração Lago de Tucuruí. Nesta terça-feira (28), a assinatura do convênio será em Altamira, que deve receber o atendimento de hemodiálise na Policlínica e no Hospital Regional Público da Transamazônica, e na quarta-feira (29), em Marabá, a fim de dobrar a capacidade do atendimento já oferecido.

“Em todos esses locais onde agora há o serviço são lugares onde a população cobra essa especialidade há mais de 20 anos. Por isso, o governador Helder Barbalho criou uma rede de hemodiálise, que além de economizar no Transporte Fora de Domicílio (TFD), vai fazer com que os pacientes gastem bem menos tempo com o transporte. O nosso objetivo, enquanto gestores, é pegar serviços com tecnologia de ponta e oferecê-los em locais estratégicos do interior”, disse o secretário adjunto de Políticas Públicas para Saúde, Sipriano Ferraz.

O filho mais velho do aposentado Juracir Rodrigues tem problemas renais há três anos, e precisa sair toda semana de Tucuruí em direção a Belém, para fazer hemodiálise. “Só de diminuir o tempo das viagens já vai melhorar muito a vida dele. Para fazer o atendimento na segunda-feira, por exemplo, ele sai daqui no domingo. Ter esse serviço aqui, a partir de agora, será muito bom não só para ele, mas para muitas pessoas aqui da região”, reconheceu Juracir.

Sala para procedimento de hemodiálise no Hospital Regional Público do Marajó