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Usinas da Paz já realizaram mais de 380 mil atendimentos desde a implementação do projeto

Até o momento, seis unidades estão em funcionamento na região metropolitana de Belém e no sudeste do Estado

Por Paulo Garcia (SETRAN)
30/06/2022 19h13

"A chegada da Usina da Paz aqui no nosso bairro transformou não só a minha vida, mas de toda a comunidade, porque não tínhamos condições para fazer um curso, mas esse espaço chegou e trouxe muitos benefícios para nós, mães. Os nossos filhos, então, tem muita gente cadastrada em diversos cursos e atividades. Eu estou fazendo curso de Corte e Costura, que era o meu sonho, aprender a costurar e trabalhar nesse ramo para ajudar em casa. Além disso, faço aulas de hidroginástica e o treino funcional, é uma benção”. Esse é o relato da dona Maria das Dores Araújo, moradora do bairro Jardim Tropical, em Parauapebas.

Assim como a dona Maria, em Parauapebas, o motorista Alex Nazaré dos Santos, de Marituba, também é usuário da Usina da Paz. “Esse projeto chegou em uma hora certa aqui em Marituba, para atender a população, não só na parte de documentos ou consultas, mas também com cursos de capacitação. Estávamos precisando de um espaço desse”, contou.

Esses são relatos de moradores que, outrora, não tinham com facilidade serviços disponíveis de cidadania, saúde e qualificação. Uma realidade que mudou após a implementação dos complexos multifuncionais das Usinas da Paz, projeto integrado ao programa Territórios pela Paz (TerPaz), do governo do Estado. Até o momento, já foram realizados mais de 380 mil atendimentos.

Resgate da cidadania

Para o secretário Ricardo Balestreri, titular da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), órgão responsável por coordenar o projeto, as Usinas da Paz estão possibilitando novos horizontes para a população atendida. “As UsiPaz estão chegando na vida das pessoas como uma grande ferramenta de transformação social, para as pessoas mais humildes, que são trabalhadoras, honestas, criativas e capazes, mas que lamentavelmente, em um país como Brasil, ficam esquecidas e invisibilizadas. Nós estamos, exatamente, acabando com essa invisibilidade. Este mês de junho, por exemplo, foi muito especial, por resgatar diversos festejos da quadra junina para dentro das Usinas, ou seja, a comunidade ocupando o espaço com danças, músicas, comidas típicas e apresentações culturais. Trazendo essas pessoas para o centro do protagonismo social, aproveitando todas as virtudes e qualidades que elas têm e dando oportunidades a elas. As Usinas da Paz estão cumprindo o seu papel. São grandes centros de oportunidade e de geração de inclusão social”, informou Balestreri.

Estão em funcionamento seis unidades desses complexos comunitários, a UsiPaz Icuí-Guajará, em Ananindeua, desde outubro do ano passado; a UsiPaz Cabanagem, em Belém, desde janeiro deste ano; a UsiPaz Nova União, em Marituba, desde março deste ano; a UsiPaz Benguí, em Belém, desde março, e as UsiPaz Parauapebas e Canaã dos Carajás, no sudeste do Estado, desde maio e junho, respectivamente. Estão em construção mais três unidades: as UsiPaz Jurunas, Terra Firme e Guamá. E, em breve, nas cidades de Altamira e Marabá, totalizando 11 UsiPaz pelo Estado.

Serviços

Um conjunto de mais de 70 serviços gratuitos compõem as UsiPaz, como atendimento médico e odontológico, consultoria jurídica, emissão de documentos, cursos, capacitação técnica e profissionalizante, além de eventos e encontros da comunidade.

A dona de casa Elizangela Castro já faz uso da sala de gastronomia da UsiPaz. Ela está fazendo o curso de Comidas para Eventos. “Eu descobri a Usina da Paz há pouco tempo e está sendo muito importante, porque está nos qualificando para arrumar um emprego. Como está muito difícil conseguir um serviço, esses cursos são essenciais pra gente conseguir se recolocar no mercado de trabalho, principalmente porque é de graça. Nós não temos dinheiro para pagar esses cursos”, disse.

Em geral, as unidades contam com ginásio poliesportivo ou quadra coberta, campo de futebol, quadra de areia, espaço para dojô e atividades culturais; piscina; salas de audiovisual e inclusão digital; ações de segurança. E, ainda, ambientes para capacitação técnica e profissionalizante; espaço multiuso para feiras, eventos e encontros da comunidade. Também há espaços para cursos livres e de dança, robótica, artes marciais, musicalização e biblioteca.

Funcionamento - O local ealiza atendimentos de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h; aos sábados, de 8h às 14h. Já aos domingos, de 8h às 18h, funcionará de acordo com as demandas da comunidade e das Secretarias e Fundações para a realização de eventos.