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Retirada consensual das benfeitorias acelera obras no Tucunduba

Por Redação - Agência PA (SECOM)
16/05/2018 00h00

Mais de 130 benfeitorias que foram construídas de maneira irregular sobre o canal do Tucunduba foram retiradas para dar início às obras da segunda etapa do projeto de saneamento integrado da bacia do Tucunduba, que vai beneficiar 250 mil moradores dos bairros de Canudos, Guamá, Terra Firme e Marco. A nova frente de ação representa 33% do projeto, com extensão de 720 metros, compreendido da Rua dos Mundurucus até a Passagem 2 de Junho, no bairro da Terra Firme.

Nesse trecho, 572 benfeitorias irregulares foram identificadas pela área social da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop), que está executando o reassentamento das famílias no Programa Habitacional do Governo do Estado, ou por meio do pagamento de indenizações. À medida que as desocupações são confirmadas, avançam as frentes de serviço. O investimento nessa etapa do projeto é de R$ 34 milhões. Para evitar a reocupação das áreas desocupadas, a Sedop realiza monitoramento em ação conjunta com a Secretaria Municipal de Saneamento (Sesan).

A empresa responsável pela obra está com equipe de trabalhadores concentrada também no trecho 01, na execução de duas pontes na confluência dos bairros do Guamá e Terra Firme - Mundurucus e Passagem Brasília. As duas estruturas de material pré-moldado estão em fase de confecção, ambas com 25 e 27 metros e após a instalação vão permitir o acesso seguro de veículos e pedestres. As duas pontes seguem o modelo da ponte construída pelo Governo do Estado na Avenida Celso Malcher, no bairro da terra Firme, feitas em concreto protendido (tecnologia que confere ao concreto maior resistência à tração), guarda-corpo, ciclofaixas, sinalização horizontal e vertical.

Nesse trecho, além das pontes, está sendo construída uma passarela na Passagem Napoleão Laureano, no bairro do Guamá, de uso exclusivo para travessia de pedestres. A estrutura metálica tem extensão de 31 metros, está em fase final de pintura, com previsão de posicionamento até final de maio deste ano. “O canal está retificado até a Passagem Brasília”, observou o fiscal de obras, engenheiro da Sedop, Gilmar Mota.

Nessa etapa do projeto - trecho 01, o asfalto será concluído somente após o término da ponte na Passagem Brasília, por ser o nível da estrutura mais alto, e, ao mesmo tempo, uma alternativa para evitar acúmulo de lixo.

Na área da segunda etapa foram cadastradas 572 benfeitorias irregulares, destas, mais de 130 já foram retiradas após visitas monitoradas pelas áreas sociais da Secretaria de Obras e da empresa responsável pelo projeto. Às famílias, foram apresentadas duas alternativas de desocupação consensual do leito do canal: pagamento de indenizações ou inscrição no aluguel social enquanto aguardam a conclusão da obra do residencial Liberdade, empreendimento do Programa Habitacional do Governo do Estado, localizado no bairro do Guamá, próximo ao campus da Universidade Federal do Pará – UFPA.

Mudança

Moradora há 48 anos na Passagem Santa Helena, a aposentada Vitória Conceição Vieira, 87 anos, enfrentou mais de dez alagamentos por conta do transbordamento do canal nos períodos de chuvas intensas. O nível da casa foi elevado quatro vezes. Apesar dos transtornos, a vontade era ficar e ver a obra passar na porta. “Eu não queria sair daqui, mas, eu venho dar uma volta quando puder”, desabafou a ex-moradora do bairro da Terra Firme, que aceitou a proposta de indenização do Governo do Estado.

O vizinho de bairro e que também passou por situações de alagamentos, Raimundo Saraiva Monteiro, 45 anos, aposta na melhoria da área após a conclusão do projeto. “Vou sentir falta da convivência construída ao longo de 26 anos”. Ele optou pelo aluguel social, enquanto aguarda a conclusão da obra do residencial Liberdade.