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PROGRAMAÇÃO

Conscientização sobre o TDAH é tema de seminário na Uepa, em Belém

Programação reforça a importância de desmistificar conceitos errôneos, buscar orientação e atendimento adequado

Por Monique Hadad (UEPA)
20/09/2023 11h47

O auditório Paulo Freire, do Centro de Ciências Sociais e da Educação (CCSE) da Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Belém, recebe na quinta-feira (21), às 16h, o primeiro Seminário de Conscientização sobre Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). O evento é promovido de forma interinstitucional, por meio do CCSE da Uepa; do Núcleo Acessar, da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA); do projeto "A Inclusão Começa Aqui" e da Clínica Rapport.

O objetivo é reforçar junto aos participantes a necessidade de conhecimento sobre o TDAH, buscar orientação e atendimento adequado, desmistificar conceitos errôneos e apresentar as possibilidades e habilidades que as pessoas, nessa condição, podem ter. O quadro é caracterizado como um transtorno neurobiológico com causas genéticas, ambientais e biológicas, cujas características envolvem falta de atenção, inquietação e impulsividade.

“A conscientização da sociedade é necessária, considerando que a pessoa com TDAH, especialmente quando não tem diagnóstico, é considerada preguiçosa, descompromissada, bagunceira e irresponsável, rótulos que são prejudiciais à sua autoestima e que podem conduzir a sua exclusão”, esclarece a professora da Uepa, Scheilla Abbud Vieira.

Programação - A programação inclui palestras com as seguintes temáticas: "Tipos de Transtornos de Aprendizagem"; "Mitos e Verdades sobre o TDAH"; "Eu Tenho TDAH"; "TDAH na Vida Adulta"; "O que diz a Lei 14.254/21"; "TDAH e Inclusão Escolar: Aspectos Psicopedagógicos e Organização da Escola"; e "A Violência Psicológica na Relação entre Aluno com TDAH e Professores". Algumas das apresentações serão conduzidas por palestrantes com TDAH, como forma de desmistificar o transtorno.

Uma das palestrantes do evento, com estudos voltados à Educação Especial, Scheilla Abbud conta que cerca de 60% das crianças e adolescentes com TDAH se tornarão adultos que irão apresentar alguns sintomas, de forma mais atenuada:

“Geralmente, são pessoas que falam muito, saltando de um assunto a outro sem aparente conexão entre eles; que iniciam várias tarefas ao mesmo tempo e têm extrema dificuldade em concluí-las e mesmo priorizá-las; que se distraem facilmente com estímulos externos ou seus próprios pensamentos; que têm dificuldade em permanecer sentadas por longo tempo ou atentas em atividades que não lhe sejam interessantes; e dificuldade em refrear impulsos, por isso agem e falam sem refletir ou esperar sua vez”, detalha.

A especialista reforça que as pessoas com TDAH também costumam ser criativas e ter bom desempenho intelectual, especialmente nas áreas de seu interesse. “São resilientes em razão das dificuldades que a falta de compreensão da sociedade provoca, e costumam ter hiperfoco nos assuntos de sua predileção, o que pode ser canalizado nos estudos e no trabalho”, complementa.