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Sespa realiza curso sobre diagnóstico e manejo clínico de arboviroses

Capacitação voltada a médicos e enfermeiros da Atenção Básica e Especializada abordou os principais sintomas de cada doença

Por Caroliny Pinho (SESPA)
29/04/2024 12h27

A Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) realizou, na manhã desta segunda-feira (29), um curso voltado para a capacitação de profissionais que atuam na linha de frente do combate as arboviroses, da rede pública e privada de todo o Estado. A Sespa destaca que o momento é oportuno por causa do cenário nacional de altos índices de casos de dengue. 

“Fazendo um comparativo com o mesmo período do ano passado, houve um aumento de cerca de 157% . Então, em virtude disso, para evitar que haja um aumento descontrolado do número de casos, a Sespa vem investindo em várias estratégias de prevenção com o monitoramento diário dos casos e investindo na capacitação dos agentes de combate às endemias, das Secretarias de Saúde dos municípios, das equipes de vigilância, para que a prevenção seja a principal estratégia neste momento. Por isso, a nossa intenção com o curso de hoje é que tenhamos profissionais na rede de assistência devidamente capacitados e atualizados para manejar de forma mais oportuna e correta os pacientes, evitando o agravamento deles”, disse Adriana Tapajós, diretora do departamento de controle de endemias da Sespa. 

O curso, que aconteceu na sede do 1º Nível Central da Sespa, em Belém, registrou 1.500 inscritos, entre médicos e enfermeiros, número que superou as expectativas da coordenação. Para quem não pode acompanha-lo pessoalmente, houve transmissão ao vivo pela internet. Para a Coordenadora Estadual de Aboviroses da Sespa, Aline Carneiro, há muitos desafios para o diagnóstico destas doenças, mas o principal deles segue sendo a falta de informações a respeito. 

“Nós temos hoje vários desafios. O primeiro deles é a semelhança dos sintomas destas doenças. Outra questão, é que normalmente os hospitais e as unidades de saúde têm um número reduzido de profissionais e aí a falta de tempo para ter uma conversa, talvez maior com o paciente faz a gente deixar alguns sintomas se perderem. Então o alerta é sempre importante principalmente para a prevenção, que todos nós como profissionais de saúde, não só temos a obrigação de atender o paciente suspeito, mas também dar a ele orientações sobre prevenção adequada”, disse ela. 

A programação do curso contou com as palestras da médica e pesquisadora do Instituto Evandro Chagas e Ministério da Saúde, Raimunda Azevedo, e do médico infectologista do Hospital Universitário João de Barros Barreto, Lourival Marsola. A Sespa vem desenvolvendo, ainda, trabalhos educativos em diferentes esferas para conscientizar a população desde a infância.

“A Sespa vem investindo principalmente na prevenção com programações educativas nas Usinas da Paz, de Belém e da região metropolitana, onde a gente vem fomentando junto a população infantil para que eles sejam os nossos mini agentes de endemias e retornem para as suas escolas e domicílios cada vez mais informados. A gente vem também fazendo junto com a equipe de arbovirose e equipe de entomologia um trabalho nas escolas de Belém e estamos pretendendo descentralizar para outras regionais de saúde”, disse Adriana Tapajós. 

Campanha nacional - Recentemente, o Ministério da Saúde ampliou a vacinação contra a dengue em todo o país e anunciou o envio de mais doses para os Estados de Alagoas, Ceará, Sergipe, Rio Grande do Sul, Piauí e Mato Grosso. “O critério que o Ministério da Saúde utilizou para o envio das doses foi o número de casos, incidências e os municípios com situações mais críticas, sendo que essas incidências estão nas notificações e confirmações. Hoje o Pará ainda não configura a epidemia, apesar de nós já termos um aumento. Mas, dentro da configuração nacional, nós não estamos na mesma situação de outros estados. Então, apesar de não termos esses índices aqui, é muito importante que a gente esteja sempre em contato com os municípios e vigilantes ao nosso papel já que a principalmente prevenção é não deixar o mosquito nascer. Por isso, pedimos sempre que a população faça a sua parte: olhe possíveis focos do Aedes Egypt em casa, semanalmente, e tenha cuidado com descarte correto do lixo, por exemplo”, reforçou Aline Carneiro.