Hospital Galileu alerta para prevenção, diagnóstico e tratamento da incontinência urinária

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), milhões de brasileiros convivem com a incontinência urinária, mas muitos ainda sofrem em silêncio. O estigma social e a falta de informação sobre o tema continuam sendo barreiras no enfrentamento dessa condição. Para promover a conscientização sobre o assunto, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém, compartilha orientações fundamentais sobre diagnóstico, tratamento e prevenção.

“A incontinência urinária pode ser classificada em diferentes tipos, como a de esforço, muito comum em mulheres após o parto, quando há perda ao tossir ou levantar peso, e a espontânea, geralmente associada a causas neurológicas ou disfunções da bexiga”, explica Gilflávio Fernandes coordenador do Serviço de Urologia do Hospital Galileu.

Segundo o especialista, o diagnóstico começa com a coleta da história clínica do paciente e de exame físico. Em alguns casos, exames complementares, como o urodinâmico, podem ser necessários para determinar se a causa é neurológica ou funcional. “Essas avaliações ajudam a indicar o tratamento mais eficaz e personalizado para cada paciente. A individualização do cuidado faz a diferença na recuperação”, ressalta o especialista.

Prevenção e tratamento - Para prevenir disfunções no assoalho pélvico, como incontinência urinária, é essencial adotar hábitos saudáveis desde cedo, orienta o médico. “Exercícios que fortalecem a região pélvica, como os de Kegel, são fundamentais, especialmente após o parto”, informa.

Manter estilo de vida equilibrado também é uma estratégia eficaz de prevenção. “Peso corporal saudável, evitar o tabagismo e praticar atividades físicas contribuem para a prevenção da incontinência”, reforça o urologista. Além disso, tratar condições neurológicas ajudam a reverter ou minimizar o problema.

"Os tratamentos para incontinência variam de acordo com a causa e gravidade", explica Gilflávio Fernandes. As abordagens geralmente envolvem mudanças comportamentais, controle na ingestão de líquidos, ajustes na alimentação e fisioterapia pélvica. “Em casos complexos, podem ser recomendados medicamentos para complementar o tratamento. Quando as intervenções iniciais não surtem o efeito esperado, e o quadro clínico é mais grave, procedimentos cirúrgicos são indicados”, acrescenta.

Referência - No Hospital Galileu, unidade do Governo do Pará administrada pelo Instituto de Saúde Social de Saúde e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Ambulatório de Urologia atende pacientes com diversas patologias do sistema urinário e genital.

"Nosso perfil de atendimento é amplo, e inclui desde cálculos renais e doenças prostáticas até infecções urinárias de repetição e tumores. As principais queixas dos pacientes que incluem dores lombares, ardência ao urinar, sangramento pela via urinária e infecções recorrentes”, informa Gilflávio Fernandes.

Atualmente, o Hospital Galileu realiza cerca de 250 consultas mensais na especialidade de urologia. Durante os atendimentos, são realizados diagnósticos precisos e desenvolvidos planos de tratamento personalizados, garantindo uma abordagem individualizada para cada paciente. Essa estrutura permite oferecer cuidados médicos eficientes e adaptados às necessidades específicas de cada caso.

O Hospital Galileu mantém 104 leitos de internação e oferece atendimento especializado, como o Serviço de Reconstrução e Alongamento Ósseo, e cirurgias de traqueia e urológicas, como hiperplasia prostática benigna, exclusão renal e triagem com biópsia de próstata.

O Hospital Público Estadual Galileu funciona na Avenida Mário Covas, nº 2.553, bairro do Una.