Em Tucuruí, Policlínica do Lago garante 250 atendimentos mensais para trato de alergias
Doenças alérgicas acometem até 2 bilhões de pessoas no mundo. Nesta quarta-feira, 7 de maio, se celebra o Dia Nacional de Combate à doença.
Dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) mostram que até 30% dos brasileiros já mantêm alguma alergia. Os números são ainda mais alarmantes, quando se observa a abrangência mundial e a expectativa das próximas duas décadas. Estima-se que até 2050, cerca de 50% da população do planeta pode sofrer de alguma doença alérgica.
Diante dessa realidade, o 7 de maio foi escolhido como Dia Nacional de Prevenção da Alergia. A data foi criada pelo Ministério de Saúde para alertar sobre o mal. Em Tucuruí, o Governo do Estado, através da Policlínica do Lago, garante 250 consultas no serviço de alergologia mensais. A especialidade, dispõe de 100 atendimentos adultos e 150 pediátricos.
“A alergia é uma reação exagerada do sistema de defesa do corpo (sistema imune) as substâncias do ambiente que normalmente seriam inofensivas, como poeira, pólen, alimentos ou picadas de inseto”, explica Victor Vale Dias, alergista da Poli Lago de Tucuruí. O profissional alerta que o corpo confunde algo comum como uma ameaça e reage de forma exagerada, provocando um tipo de quadro inflamatório.
O médico detalha que há vários tipos de moléculas e na prática, diversas coisas do ambiente. “Além de poeira, pelos de animais, insetos, alimentos e medicamentos, substâncias de contato como metais e produtos cosméticos também podem causar alergia”, afirmou.
Embora nem sempre sejam sinal de alergias, sintomas como coceira e vermelhidão na pele, coceira nos olhos, coceira no nariz, espirros, chiado no peito, tosse, náuseas, vômitos, diarreia, podem ser um alerta ao mal. Além desses, as alergias podem atingir diversos sistemas, que podem ir de sintomas leves a graves.
Reação alérgica
Ao suspeitar de uma reação alérgica pelos sintomas mais comuns e por uma possível associação a um alérgeno provável (algo do ambiente que possa ter causado alergia), o profissional da Poli Lago recomenda: “procurar um médico em caso de sintomas urgentes e procurar um alergista posteriormente para investigação aprofundada”, disse Victor.
O especialista também alerta que a anafilaxia é uma reação que além de possivelmente causar inchaço e vermelhidão na pele, causa algum sintoma em outros sistemas do corpo, especialmente sistema respiratório, como edema de glote, com sensação de garganta “fechada”, sibilos, chiado no peito de forma súbita, falta de ar, sensação de aperto no peito), cardiovascular (queda de pressão, em casos extremos choque) ou digestivo (vômitos súbitos).
“Anafilaxia é uma emergência médica e pode levar à morte se não tratada com rapidez. Crises graves de asma alérgica podem levar a morte também, por exemplo. Rinite alérgica, dermatite de contato e algumas outras formas de alergia não levam a morte”, frisou Victor Vale Dias.
Como evitar alergias?
O profissional detalha que não há como prever seguramente quando as alergias podem aparecer. “É possível prevenir novos episódios de alergia após identificar com clareza o alérgeno causador e evitá-lo. É importante ter cuidado com isso e de fato ter uma clareza para não evitar coisas inofensivas desnecessariamente”, orientou o médico.
O alergista também destaca a importância de manter ambientes internos limpos ajuda a evitar alergias respiratórias, no entanto é importante que crianças tenham oportunidade de brincar e se expor a diversos ambientes.
Acesso
Para ter acesso aos serviços da Policlínica, é necessário que o usuário passe pelo sistema de regulação, após atendimento e avaliação inicial na atenção primária de saúde, como postos de saúde e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Também, o paciente pode agendar direto a especialidade de clínico geral, através do Call Center, no número (94) 9186-8155.
Serviço:
A Policlínica Lago de Tucuruí é uma unidade totalmente pública, com todos os atendimentos sem nenhum custo aos usuários. Está localizada na Avenida Raimundo Veridiano Cardoso, nº 1008, no bairro Santa Mônica. A Poli é administrada pelo Instituto de Saúde e Social da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Sespa.
Texto de Roberta Paraense
