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Carta de Belém encerra Fórum Mundial enfatizando importância da rede de bancos de leite

O documento elaborado após dois dias de debates em Belém destaca a integração dos bancos de leite humano no planeta

Por Samuel Mota (SANTA CASA)
08/05/2025 12h59

A divulgação da Carta de Belém encerrou o Fórum Mundial de Doação de Leite Humano, na noite de quarta-feira (7). O documento que sintetiza o trabalho e a importância da rede de bancos de leite nos estados brasileiros e países integrantes da rede mundial. O evento, promovido pelo Ministério da Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Ministério das Relações Exteriores e Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde de todo o Brasil, além do apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), reuniu especialistas de vários lugares do planeta, na sede da Fundação Santa Casa do Pará.

O Fórum ocorreu na sede da Fundação Santa Casa, que abriga um Banco de Leite Humano

Mônica Sandovil, nutricionista que participou do Fórum como representante da Colômbia, destacou o trabalho pela saúde pública em seu País, que tem uma população de mais de 53 milhões de habitantes. “Incorporamos nas prateleiras a nutrição aguda, o baixo peso ao nascer e a desnutrição. E para isso contamos com um sistema de informação, monitoramento alimentar e nutricional do governo, levando em conta todos os problemas, priorizando a implementação de estratégias que visam melhorar a saúde materno-infantil”, disse a especialista.

Situações emergenciais - Para João Aprígio de Almeida, coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano, a Carta de Belém 2025 coroa o esforço de todos. “É uma ação integrada, intersetorial, que se volta para discutir a questão dos bancos de leite humano frente às situações das emergências sanitárias, sobretudo aquelas decorrentes da crise climática”, disse o coordenador, acrescentando que “a Carta de Belém é a síntese conclusiva daquilo que foi discutido ao longo de dois dias. O ponto mais concreto daquilo que a gente falou desde o início, da organização do evento. Esse evento não era para esgotar o tempo. Esse evento era para dar início às discussões que são importantes para todos nós. E reforçando o trabalho de todos os envolvidos com o Fórum, agradecemos a todos da Santa Casa de Belém do Pará pela acolhida, pelo carinho, pela receptividade, por ter permitido que a gente realizasse o evento da forma como foi realizado”.

Segundo Maria Alves Belém, diretora de Apoio Técnico e Operacional da Fundação Santa Casa, o Fórum foi de grande relevância para fortalecer o trabalho dos bancos de leite na promoção e captação de doadoras voluntárias, “para que a gente consiga atender os pequenos recém-nascidos, principalmente aqueles mais vulneráveis. Esse trabalho acontece mundialmente, e esse evento representa o fortalecimento de uma ação que salva vidas, a ação voluntária de quem doa o excedente do seu leite para outras crianças, que não conseguem se alimentar direto do peito materno. Bebês que nascem com extrema prematuridade não conseguem sugar diretamente do seio materno, ou mães têm algumas patologias. Então, qual é o alimento mais sustentável, mais seguro? É o leite humano. E no Brasil o aleitamento materno é uma cultura de saúde. Para que a gente consiga trazer esse futuro mais sustentável e voltarmos a ser mamíferos, porque na verdade o ser humano é mamífero”.

O Dia Nacional e Mundial de Doação do Leite Humano é 19 de Maio. A Santa Casa do Pará planeja uma ação voltada à sensibilização para a doação de leite humano na última semana do mês.