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Especialistas do Hospital Galileu explicam a diferença entre lavar as mãos com água e sabão e o uso do álcool para a higiene

Entenda qual método usar em cada situação e como essas práticas simples pode prevenir infecções graves

Por Ascom (Governo do Pará)
08/05/2025 15h27

A higienização das mãos é um gesto simples, mas essencial na prevenção de doenças. No Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na Grande Belém, referência em trauma ortopédico, a prática é seguida com rigor por toda a equipe, para evitar infecções. Especialistas da unidade reforçam a importância da higienização correta com água e sabão ou álcool em gel, e destacam que o cuidado deve ser adotado tanto por profissionais de saúde, quanto pela população em geral.
 
A médica infectologista e presidente da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Galileu, Rose Sheyla Rodrigues Carneiro, destaca que a importância da higiene das mãos vai muito além do senso comum. “Higienizar as mãos é salvar vidas literalmente! No ambiente hospitalar, as mãos são as principais ferramentas de cuidado, mas também podem se tornar veículo de transmissão de microrganismos se não forem higienizadas corretamente”, afirmou.
 
A especialista explica que microrganismos patogênicos podem se alojar nas mãos, mesmo após um simples toque, permanecendo por horas ou dias e sendo transmitidos para outras pessoas ou superfícies. As consequências vão além da saúde individual. "As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) geram prolongamento da internação, aumento no uso de antimicrobianos, complicações infecciosas e custos elevados com contenção de surtos. Além disso, colocam em risco os próprios profissionais de saúde", complementa.
 

Água e sabão x álcool em gel: qual é a melhor escolha?
 
Segundo a enfermeira Jessica Barbosa, coordenadora do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) da unidade, a escolha entre água e sabão ou álcool em gel depende do contexto. “Ambas as técnicas são eficazes, desde que aplicadas corretamente. Água e sabão são indispensáveis quando as mãos estão visivelmente sujas, com sangue ou fluidos corporais. Já o álcool 70% é ideal quando não há sujeira aparente”, esclarece.
 
Jessica destaca que a lavagem com água e sabão remove sujeiras físicas, suor, oleosidade e células mortas, tornando a pele menos propícia à proliferação de microrganismos. O álcool 70%, por sua vez, atua na redução da carga microbiana, sendo altamente eficaz entre atendimentos, após toques em superfícies contaminadas e de assistência ao paciente.
 
Duração e técnica fazem toda a diferença
 
O tempo e a forma correta de higienizar as mãos são determinantes para a eficácia da prática. A lavagem com água e sabão deve durar de 40 a 60 segundos, enquanto a fricção com álcool 70% requer de 20 a 30 segundos. Em ambos os casos, a técnica correta é indispensável.
 

“É essencial esfregar bem entre os dedos, as pontas dos dedos, o dorso das mãos e os polegares. Use água e sabão após ir ao banheiro, antes das refeições e ao manipular alimentos ou medicamentos. O álcool 70% deve ser usado após tocar superfícies frequentemente compartilhadas, quando frequentar lugares públicos, após cuidar de algum doente, entre outros”, orienta a enfermeira.
 
Erros comuns - Um dos erros mais frequentes é o uso de joias durante a higienização das mãos, como anéis e pulseiras. Esses acessórios acumulam microrganismos, dificultam a limpeza adequada e elevam o risco de contaminação cruzada. "A recomendação é clara: evite adornos enquanto estiver higienizando as mãos ou em ambientes clínicos", alerta a enfermeira.
 
Outra prática inadequada é a combinação desnecessária de métodos, como lavar as mãos com sabão seguido imediatamente pelo uso de álcool em gel. "Essa dupla ação não aumenta a eficácia da proteção, pode causar irritações na pele, ressecamento e até dermatites", explica.
 
Jessica ressalta que a higienização adequada das mãos é um dos pilares da prevenção de infecções hospitalares. "Esse gesto simples, porém, essencial, interrompe a cadeia de transmissão de vírus, bactérias e fungos, incluindo os multirresistentes. Além de economicamente viável, salva vidas e melhora a qualidade do atendimento", conclui.
 
Perfil - A unidade é administrada pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O HPEG está entre os melhores hospitais do Brasil, com índices de satisfação de quase 100% e certificação ONA nível 3, acreditado com excelência, em critérios de segurança, gestão integrada dos processos e excelência em administração.