Ophir Loyola realiza caravana de doação de sangue com o tema "A guarda que protege, agora também salva”
A expectativa da organização é que iniciativas como esta sirvam de inspiração e mobilizem ainda mais pessoas a se tornarem doadoras regulares

Em um gesto de solidariedade e compromisso com a vida, o Hospital Ophir Loyola (HOL), referência no tratamento oncológico, nefrológico e em transplantes na região Norte, promoveu nesta quinta-feira (8), mais uma edição da Caravana de Doação de Sangue. A ação, realizada em parceria com a Fundação de Hemoterapia e Hematologia do Estado do Pará (Hemopa), teve como tema "A guarda que protege, agora também salva" e mobilizou servidores do hospital, terceirizados, voluntários, humoristas da “Turma do Pão com Ovo” e estudantes do Instituto Técnico e Profissional do Pará (ITEP), em uma corrente de apoio aos pacientes da unidade hospitalar.
Cada bolsa de sangue coletada pode atender até 4 pacientes. Do total de 70 comparecimentos, 48 bolsas foram coletadas e podem favorecer até 192 pessoas. Os doadores que não puderam comparecer à ação podem ir ao hemocentro mais próximo da residência e informar o código 161, do hospital.

A atividade integra uma série de iniciativas que visam reforçar os estoques de sangue da Fundação Hemopa, responsável por abastecer mais de 200 unidades de saúde no estado. No Pará, apenas 1,2% da população é registrada como doadora de sangue, um número considerado baixo diante das necessidades transfusionais da rede hospitalar. As ações como caravanas e campanhas de incentivo à doação são ferramentas estratégicas para reverter esse cenário. Em Belém, o HOL realiza cerca de 1,2 milhão de atendimentos por ano, o que reforça a urgência de manter os estoques de sangue sempre abastecidos.
Para o biomédico Rodrigo Barros, coordenador da Agência Transfusional do HOL, essas iniciativas são vitais para garantir o estoque de sangue (hemocomponentes) a quem precisa, promovendo a saúde, a solidariedade e a participação cidadã. “O Hospital busca facilitar o acesso de potenciais doadores à doação, informar a população e ajudar a manter os estoques sanguíneos em níveis adequados para atender às demandas da sociedade. Isso possui efeito direto no tratamento dos nossos pacientes, porque o nosso serviço é que mais demanda transfusões no estado e, consequentemente, o hospital com maior fornecimento de bolsas pela Fundação Hemopa”, enfatizou.
O “Ophir Loyola” possui uma média de aproximadamente 800 transfusões mensais. Segundo Barros, para alcançar a meta de reabastecimento do estoque, a unidade hospitalar necessita repor 50% do estoque fornecido mensalmente pelo hemocentro. “Desta forma, contribuímos para que os estoques possam se manter dentro do ideal. Atualmente, o nosso indicador de reposição e captação está em 24%, portanto o número de captação de doadores precisa ser duplicado para alcançarmos a meta. Uma equipe de captadores formada por profissionais dos eventos, psicologia, serviço social, enfermagem, entre outros, é fundamental na execução deste movimento”, destacou.

Durante o evento, a assistente social Betânia Mourão, da Gerência de Captação de Doadores (Gecad), do Hemopa, destacou a importância estratégica dessas mobilizações. "É fundamental a parceria com instituições do Estado, do município, privadas, públicas e com toda a sociedade. A Fundação Hemopa é responsável por abastecer mais de 200 unidades hospitalares, e é com ações estratégicas como essa, que conseguimos manter os estoques e atender aos pacientes. O Ophir Loyola, por ser referência no tratamento oncológico, lidera em solicitações de sangue. O engajamento dos servidores foi essencial para a realização dessa grande caravana", afirmou.
A ação desta quinta-feira destacou o papel da Guarda de Nossa Senhora de Nazaré do hospital, que teve participação expressiva. Segundo Douglas Rodrigues, um dos coordenadores da guarda, ao todo compareceram 50 doadores pelo horário da manhã, porém somente 37 estavam aptos a fazer a doação. “A caravana desta quinta-feira é mais um exemplo de como a união de esforços entre instituições públicas e a sociedade civil pode transformar realidades e salvar vidas.”
A agente administrativa Bruna Araújo, 40 anos, que atua no setor de Recursos Humanos do HOL há três anos, compartilhou a emoção de participar pela primeira vez de uma ação coletiva de doação com o grupo. “O que me motivou foi auxiliar as pessoas. Acredito que a vida da gente é isso: fazer o bem sem olhar a quem. Já sou doadora há algum tempo, mas essa é a primeira vez que participo de uma ação como essa junto com a Guarda, e está sendo incrível para mim. Não tem explicação. Fazer o bem, ajudar quem precisa... Estou realmente muito feliz por estar aqui doando sangue e podendo contribuir com a vida de outras pessoas.”
A mobilização também contou com o apoio de instituições de ensino. A enfermeira Nayara Chaves, do Instituto Técnico e Profissional do Pará (ITEP), que também atua no HOL, trouxe dezenas de estudantes da área da saúde para a campanha. “Eu trouxe 43 alunos para a ação. O que me motivou foi justamente a questão da promoção em saúde. Os alunos que estão dentro dessa área precisam entender o quanto essas ações são importantes, não só para quem é da saúde, mas também para toda a sociedade. Uma única doação pode impactar até quatro vidas”, ressaltou.