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EDUCAÇÃO E MEIO AMBIENTE
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Alunos de escola estadual e moradores de Ananindeua transformam terreno abandonado em jardim comunitário

O projeto de Educação Ambiental, componente curricular obrigatório no Pará, é desenvolvido na Escola Estadual Nair Rodrigues de Caldas Brito Zaluth

Por Fernanda Cavalcante (SEDUC)
13/05/2025 16h32

Com ênfase em ações sustentáveis e de conscientização ambiental que ultrapassam os limites da sala de aula, alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Nair Rodrigues de Caldas Brito Zaluth, no bairro do 40 Horas, em Ananindeua, município da Região Metropolitana de Belém (RMB), construíram um jardim comunitário em um terreno abandonado, próximo à unidade. A iniciativa integra o Projeto "Da Literatura à Ação: o Pará na luta contra as mudanças climáticas", desenvolvido dentro do componente curricular de Educação Ambiental, e envolveu estudantes do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.

“Através do projeto, tenho testemunhado o poder da educação na construção de uma consciência ambiental e sustentável. Cada atividade desenvolvida, cada discussão fomentada e cada ação implementada são pequenos passos rumo a um futuro mais equilibrado e responsável. Ser professora de Educação Ambiental na Escola Nair Rodrigues de Caldas Brito Zahluth tem sido uma jornada de aprendizado, compromisso e transformação”, garante a professora e orientadora do projeto, Lucélia Cruz.

Segundo ela, o trabalho é pautado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), permitindo que a educação ambiental vá além do discurso, se tornando um compromisso com práticas concretas.

“Nosso território escolar está inserido em um contexto de grande vulnerabilidade social e ambiental, onde desafios, como o descarte inadequado de resíduos, a degradação de espaços públicos e a escassez de recursos, impactam diretamente a qualidade de vida da comunidade. Nesse cenário, a educação se torna uma ferramenta de empoderamento, possibilitando que os alunos se vejam como agentes de mudança, promovendo iniciativas, como hortas comunitárias, campanhas de reciclagem e ações de preservação dos espaços naturais ao redor da escola”, destaca Lucélia Cruz.

Para o estudante do 5º ano Leonardo Souza, o projeto trouxe aprendizados. “O projeto foi muito legal, e eu aprendi para minha vida que é importante fazer essas ações que melhoram a escola, a comunidade, e tudo isso através da educação para preservar o meio ambiente. Eu aprendi o cuidado pela natureza e preservação, não queimar coisas, não maltratar os animais, jogar lixo na lixeira e coisas assim”, informa o aluno.

Contos amazônicos - Além da culminância do projeto, nesta semana a comunidade escolar participou do lançamento da coleção de contos amazônicos adaptados para o tema do meio ambiente e sustentabilidade, de autoria da professora Rosenvile Cavalcante, vice-diretora da Escola. A obra busca reforçar o aprendizado dos estudantes acerca da preservação ambiental.
Segundo a educadora, a coleção de contos amazônicos já está sendo utilizada nas aulas.

“O projeto começou em dezembro, quando os alunos entraram de férias. Eu e a outra escritora, Dora Alice Pérez Araújo, íamos fazendo as historinhas, as correções e a parte da pintura. Foi muito bom porque, quando as aulas iniciaram, cada turma ficou com uma historinha para ser desenvolvida em aula com leitura e prática, com a construção do jardim aqui ao lado da Escola”, explica Rosenvile Cavalcante.

Professora do componente curricular de Educação Ambiental, ela ressalta o papel fundamental dessas ações e seus impactos no futuro dos estudantes e da comunidade. “Ver o brilho nos olhos dos estudantes ao perceberem que suas atitudes fazem diferença é a maior recompensa. Eles não apenas aprendem sobre meio ambiente; eles se tornam protagonistas na luta por um mundo mais justo e sustentável. Acredito que, por meio da educação, podemos transformar realidades e construir um futuro no qual equilíbrio ambiental e justiça social caminhem juntos. E essa luta começa aqui, nas salas de aula, nos debates acalorados, nas ações coletivas e no comprometimento diário de cada aluno. Que possamos continuar semeando esperança e cultivando mudanças reais para o Pará e o mundo”, diz Lucélia Cruz.

Educação Ambiental - A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) oferece, desde o primeiro bimestre de 2024, o componente de Educação Ambiental em todas as etapas do ensino, de forma obrigatória, nas escolas estaduais. Este componente pode ter a adesão dos Municípios, alicerçada na Política de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima. 

A Seduc destaca que o conteúdo ambiental torna o Pará pioneiro na garantia de um componente curricular obrigatório de sustentabilidade, incentivando a participação e o engajamento de estudantes nas discussões sobre agendas fundamentais ao Pará, cuja capital, Belém, sediará a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), em novembro de 2025.