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Estreia em Belém a exposição que celebra a memória da ativista Lélia Gonzalez

Mostra está aberta à visitação do público, até o dia 29 de junho, no Espaço São José Liberto, na Praça Amazonas, no bairro do Jurunas

Por Aldirene Gama (SEDEME)
21/05/2025 09h51

Belém é a sétima capital brasileira a receber a programação do Projeto Memória Lélia Gonzalez – Caminhos e Reflexões Antirracistas e Antissexistas. A mostra se encerra na capital paraense. Em homenagem aos 90 anos do nascimento de Lélia Gonzalez, o projeto resgata a vida e a obra da escritora e ativista por meio de uma série de ações, incluindo a exibição de documentários, palestras e uma exposição com 18 painéis históricos que recontam sua trajetória e legado.

A mostra foi oficialmente aberta, na terça-feira (20), com um seminário que segue até esta quarta-feira (21). A exposição segue aberta à visitação do público até o dia 29 de junho, no Espaço São José Liberto, na Praça Amazonas, no bairro do Jurunas.

Representando o governador Helder Barbalho, a professora Edilza Fontes, atual diretora da Secretaria de Estado de Igualdade Racial e Direitos Humanos (Seirdh), participou da abertura da exposição. 

Edilza Fontes disse da honra de participar da cerimônia e destacou a importância da realização do Projeto Memória Lélia Gonzalez na capital paraense. “Lélia tem um legado grande. Ela foi uma pessoa muito importante para o movimento feminista no Brasil, por ter lutado para uma mudança que tinha o objetivo de descentralizar o que era uma discussão voltada para uma classe média branca, dando visibilidade às diferentes vivências de mulheres negras.”

Secretários estaduais, Edilza Fontes (Seirdh) e Carlos Ledo (Sedeme)

“Acho que Lélia foi importante para avançar nas questões acadêmicas, construir epistemologias, conceitos que dessem conta dessa visibilidade da mulher negra. Ela fez isso na academia e na militância, no Movimento Negro Unificado (MNU), tão importante para a nossa história”, complementou a titular da Seirdh.

Estiveram presentes na cerimônia de abertura o secretário-adjunto da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Carlos Ledo; o presidente da Fundação Banco do Brasil, Kleytton Moraes; o diretor do Memorial Lélia Gonzalez e filho da ativista, Rubens Rufino; a presidente da Associação Amigos do Cinema e da Cultura (AACIC), Márcia Mara. Também estiveram presentes executivos da (AACIC), do Banco do Brasil e pesquisadores.

Carlos Ledo, secretário-adjunto da Sedeme , destaca que o Governo do Pará, por meio da Sedeme e das demais secretarias governamentais, reafirma seu compromisso e apoio a iniciativas que promovam a diversidade, a equidade e o fortalecimento cultural.

"Sabemos que projetos como este são essenciais para resgatar narrativas históricas e construir um futuro mais inclusivo e consciente. Reforço que o São José Liberto está de portas abertas para acolher eventos que retratem e celebrem a cultura, promovendo espaços de diálogo, reflexão e fortalecimento da nossa identidade", disse Carlos Ledo.

Rubens Rufino é filho de Lélia Gonzalez, e destaca que a mãe tem recebido homenagens que reconhecem o legado social dela

Rubens Rufino, 63 anos, filho de Lélia Gonzalez, destacou a importância do projeto para manter vivo o legado de sua mãe. 

“Minha mãe teve uma trajetória marcada pela luta contra o racismo e o sexismo. Ela foi incansável na busca por Justiça social e abriu mão da vida pessoal para se dedicar, com coragem, à igualdade racial e de gênero", disse ele.

Rufino também comentou a homenagem recebida pela ativista: “A Universidade de Brasília concedeu a Lélia Gonzalez o título de Doutora Honoris Causa post mortem, reconhecendo sua contribuição fundamental para a cultura brasileira e sua atuação como intelectual, ativista e professora”, complementou o filho de Lélia Gonzalez.

A iniciativa teve início em abril de 2024 e já passou por Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), São Luís (MA), Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS).

O evento é realizado pela Associação Amigos do Cinema e da Cultura, em parceria com a Fundação Banco do Brasil. Em Belém, conta com o apoio do Governo do Pará, por meio das secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e de Educação (Seduc).

Como parte de sua programação,  oferece visitas escolares orientadas e gratuitas, beneficiando cerca de dois mil estudantes do ensino médio. A iniciativa amplia o acesso de jovens à história e ao legado da ativista, promovendo educação e reflexão sobre igualdade racial e de gênero.

Confira a programação Aqui

Serviço:
O horário de funcionamento do Espaço São José Liberto (ESJL) é de terça a sábado, das 10h às 18h, e aos domingos e feriados, das 10h às 14h.

Texto com a colaboração da jornalista Juliana Maia / Ascom Seirdh