Hemopa e ITEP promovem campanha de doação de sangue com foco em novos multiplicadores

Para fortalecer a cultura da doação de sangue entre jovens e formar multiplicadores de informação, a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa) promoveu, nesta terça-feira (27), uma campanha em parceria com o Instituto Tecnológico do Estado do Pará (ITEP). A ação foi realizada na sede do Hemopa, no bairro de Batista Campos, em Belém, e contou com o suporte da unidade móvel de coleta e de uma sala especialmente preparada para acolher os doadores.

Mais do que incentivar a doação, a iniciativa buscou desmistificar o ato de doar sangue e engajar estudantes da área da saúde na missão de conscientizar suas comunidades. Para Cida Salgado, assistente social do Hemopa, ainda há muitos equívocos que afastam possíveis doadores. "Muita gente ainda imagina que doar sangue é um bicho de sete cabeças, que é complicado ou que é preciso ser doador habitual", comentou.

Ela reforça que estudantes de áreas técnicas ou superiores em saúde têm um papel estratégico na multiplicação dessas informações — tanto no presente quanto em suas futuras atuações profissionais.

Quem também acredita na força da educação para transformar realidades é a professora e enfermeira Nayara Chaves, do ITEP. Ela acompanhou os alunos durante a campanha e destacou que a atividade está alinhada aos princípios que regem a formação em saúde. "Nosso objetivo é colocar em prática os quatro pilares da saúde: proteção, prevenção, recuperação e reabilitação".

Durante a visita, os alunos participaram do “HemoTour”, uma visita guiada pelos setores do Hemopa, onde puderam entender como o sangue coletado é processado e como uma única doação pode beneficiar até quatro pessoas. Nayara contou que muitos estudantes, mesmo sem nunca terem doado, se sensibilizaram com a experiência e decidiram doar pela primeira vez.

A iniciativa também atraiu doadores frequentes, como Thalia Oliveira, que frequenta o Hemopa há cerca de 10 anos. Ela compartilhou sua história e elogiou a oportunidade de conhecer melhor os bastidores da fundação. "Minha primeira doação foi aos 18 anos e, desde então, isso faz parte da minha rotina. Achei muito interessante conhecer mais de perto a estrutura e o processo, coisas que a gente nem sempre tem oportunidade de ver", relatou.

Thalia também deixou um convite para quem ainda tem dúvidas ou receios sobre a doação. "Venha e doe, porque isso salva vidas, não dói e é bem tranquilo".

A campanha reforça a importância do envolvimento da juventude e da formação técnica em ações de cidadania, e mostra que doar sangue vai muito além de um gesto solidário — é uma escolha que pode transformar vidas.

Texto: Felipe Borges (estagiário) sob supervisão de Aline Seabra - Ascom/Hemopa