Qualificatórias do I Desafio Amazônico de Robótica definem finalistas da competição
Anúncio das dez equipes que disputarão o troféu de campeão acontecerá até o dia 2 de junho; finais ocorrerão no dia 28 do mesmo mês

Com rounds que duraram dois minutos e meio de tempo, as batalhas das qualificatórias do I Desafio Amazônico de Robótica movimentaram a classe estudantil paraense com disputas entre as 65 equipes formadas por alunos de diferentes escolas públicas da região Norte neste que será o maior evento da categoria, em âmbito regional. Os confrontos encerraram na terça- feira, 27, com muitas disputas de peso.
No total, mais de 300 estudantes participaram da disputa por uma vaga na grande final, que ocorrerá no dia 28 de junho, em Belém. A iniciativa é do Governo do Pará por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet) e com apoio da Fundação Guamá e da Universidade Federal do Pará - UFPA.
Sustentabilidade e COP 30 - Todas as disputas realizadas nos dias 26 e 27 de maio, pelas qualificatórias, incluíram a sustentabilidade nas ações desenvolvidas e apresentadas pelas equipes. Isso porque o evento traz como tema “Sustentabilidade na Amazônia e COP 30”. A intenção é associar os desafios propostos pelo torneio às discussões ambientais que serão realizadas em Belém durante o Evento Climático da ONU, em novembro deste ano.
Entre os resultados está uma série de iniciativas pensadas por quem conhece a região e nela vive. Um dos exemplos é o colete salva-vidas de miriti, projeto apresentado pela equipe TecTigers, formada por alunos das Escolas Estaduais Deodoro de Mendonça e Anísio Teixeira, ambas de Belém.
De acordo com a instrutora da equipe, professora Bethânia Gomes, a ideia é utilizar modelos de coletes já produzidos industrialmente, mas substituir o polietileno por fibra de miriti, garantindo a mesma capacidade de flutuação do instrumento a partir de um material comercialmente mais viável e ecologicamente sustentável.
“O miriti é, inclusive, biodegradável, o que evita qualquer tipo de poluição caso o material seja descartado ou perdido nos rios e mares. Sem falar que estamos lidando com uma palmeira típica da nossa região, que pode ser encontrada em diversas cidades e está ao alcance dos muitos ribeirinhos que utilizam os rios como ruas”, destaca a professora.
As qualificatórias contaram com disputas em que as equipes apresentaram, por transmissões on line, a execução dos desafios com seus respectivos robôs, conforme determina o regulamento do torneio. Agora, abre-se o período de análise de pontuação, antes do anúncio dos vencedores.
A disputa final acontecerá de forma presencial, em Belém, no próximo dia 28 de junho. As dez equipes finalistas entram nesta etapa do torneio com as pontuações zeradas. A entrada para participação do público será liberada e gratuita.

O desafio final- Nas disputas finais, a competição será dividida nas categorias Arena de Robôs e Projeto Inovação. No primeiro, as equipes se enfrentarão utilizando os robôs autônomos capazes de executar diferentes desafios na mesa de competição. Na segunda, os times deverão identificar um problema relacionado ao tema central do desafio (Sustentabilidade na Amazônia e COP 30), propondo uma solução inovadora ou aprimorando uma já existente.
“Tive acesso às ideias sustentáveis apresentadas pelas equipes participantes até agora e surpreende o grau de criatividade e inteligência de todas as equipes. Isso não só contribui com a valorização do debate ecológico, sobretudo em ano de COP 30, como também mostra que nossos estudantes e professores possuem um profundo grau de conhecimento sobre a nossa Amazônia e a maneira como nosso território pode se tornar um lugar cada vez melhor”, destacou o titular da Sectet, Victor Dias.
As equipes que participarão da grande final do I Desafio Amazônico de Robótica serão anunciadas até o dia 02/06. Outros detalhes sobre a competição podem ser consultados no edital do projeto, disponível no site do evento.
Texto: Pedro Paulo Blanco