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Estado investe em animais como equinos e cães para auxílio nas missões de segurança e defesa social

O Pará utiliza o potencial dos animais para ações, como rondas e policiamento ostensivo, e também no uso de terapias intensivas como a equoterapia e visita dos cães da Polícia Militar nas unidades hospitalares

Por Walena Lopes (SEGUP)
03/06/2025 09h53

O trabalho desenvolvido com os animais pela segurança pública do Estado reforça as ações executadas nas missões policiais garantindo uma maior efetividade no policiamento ostensivo e preventivo, assim como, nas atividades de defesa social junto à comunidade. Os cães da Polícia Militar, criados e treinados no Batalhão de Ações com Cães (BAC), além dos equinos da cavalaria do Regimento de Polícia Montada (RPMont), fortalecem a atuação das operações de segurança utilizando o potencial estratégico dos animais.

“As forças de segurança pública do Estado contam com a importante ajuda dos animais no policiamento, na prevenção e na garantia da ordem pública. Os cães são aliados tanto na localização de drogas, como na localização de pessoas. Já a Polícia Montada é fundamental nos grandes eventos, nas praças esportivas, no controle de distúrbios civis. Os investimentos em animais são para que a gente possa, cada vez mais, garantir controle e segurança para a população, assim como, no auxílio em terapias e ações voltadas à comunidade ”, ressaltou Ualame Machado, titular da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup).

Cães e adestramento - Na Polícia Militar os cães recebem todo o cuidado, diariamente, dos policiais e veterinários que atuam no Batalhão de Ações com Cães da Polícia Militar (BAC) onde os animais são adestrados e treinados para atuarem em missões de farejamento de narcóticos, e ainda, nos segmentos de detecção de explosivos, buscas e capturas relacionadas à guarda e proteção dos agentes.

Alguns cães são designados ainda para participação em ações sociais, realizando visitas a hospitais e palestras, sendo treinados especificamente para essas atividades. “Fazemos uma seleção dos animais para que de acordo com cada perfil, direcionamos eles para as atividades específicas. Dentro do nosso grupo temos cães que são mais sensíveis ao carinho e que se adaptam melhor com as pessoas, esses são treinados para o convívio com crianças e adultos para serem usados nos tratamentos nos hospitais oncológicos. Os outros são direcionados para os treinamentos mais ostensivos, como os que atuam nas missões policiais", destacou o tenente-coronel Salazar, comandante do BAC.

Os cães que compõem o batalhão também são preparados para atuarem em diversas frentes de ações, a exemplo dos animais que atuam com as equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que são selecionados conforme o segmento aos quais são treinados, assim como os que atuam nas Bases Fluviais de Segurança Pública, que auxiliam na identificação de drogas.

"Nosso treinamento é diário, com acompanhamento veterinário, e é integralmente voltado para que cada cão se especialize em um único tipo de ação, por meio de uma equipe específica de adestramento desde o nascimento de cada um deles. Em nossa maternidade, desenvolvemos um trabalho específico com cada animal, periodizando a janela de aprendizagem de acordo com seus meses de vida. Assim, quando uma missão é designada, podemos escalar um cão especializado no segmento, seja de narcóticos, explosivos ou qualquer outro tipo de diligência, e até mesmo para as atividades e terapias junto à sociedade civil", pontuou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Dilson Júnior.

Cavalaria e Equoterapia - A Polícia Militar atua também com os equinos que auxiliam no Regimento de Polícia Montada, a chamada Cavalaria, modalidade de policiamento estratégico, voltada especialmente para o patrulhamento em áreas de difícil acesso, monitoramento de eventos e manifestações, a exemplo dos jogos esportivos, como em campos de futebol e em situações de aglomeração e tumulto. Nessas situações a importância da cavalaria, e do bom treinamento direcionado para esses animais, facilitam a ação policial e garantem um papel importante para a manutenção da ordem pública.

“Nossos cavalos recebem todo o cuidado necessário, com treinamento, boa alimentação e respeitando, sobretudo, o seu horário de descanso e de sono. Cada um desses equinos recebem cuidados diários dos seus tutores, sendo estes policiais militares que atuam diariamente com o animal nas ruas, o que ajuda a criar laços importantes de confiança e comando para agirem nas horas em que seja necessário o bom desenvolvimento do animal”, disse a tenente-coronel Mardonia Alves, diretora do Centro de Reabilitação dos Equinos.

Outro trabalho desenvolvido pelos cavalos da Polícia Militar é no Centro Interdisciplinar de Equoterapia (Ciec), em Belém, que tem como foco o auxílio na recuperação de pacientes com problemas neurológicos e com lesão motora de adultos e crianças. Os pacientes praticam uma terapia diferente, que inclui cavalos em todas as atividades, e participam de projetos socioculturais que promovem a inclusão social de pessoas com deficiência. O trabalho é realizado por uma equipe multidisciplinar, composta por fisioterapeuta, educador físico, psicólogo, terapeuta ocupacional, pedagogo, fonoaudiólogo, auxiliar de guia e o equitador.

Os cavalos direcionados para essa modalidade atendem a requisitos específicos, como o de porte e temperamento e são treinados diariamente para atender as necessidades das crianças e adultos em tratamento.

“O trabalho realizado com esses cavalos é diferenciado dos cavalos que vão para o policiamento. Eles possuem um manejo diário em termos de higiene e inspeção de saúde geral, saúde física e saúde comportamental, porque o cavalo tem seu próprio temperamento. Então, o cuidador dele, que é o militar, faz toda essa inspeção, estando atento para o animal diariamente. Esse cavalo, mesmo que ele não vá atender nenhuma criança, ele recebe estímulos diários, pois ele também é um terapeuta e precisa estar preparado para ser montado por crianças. O treinador faz uma atividade de aquecimento de manejo para que ele não perca o comportamento mais calmo durante o atendimento, para que se acostume, por exemplo, aos ruídos do ambiente e assim tenha mais resistência e tolerância para esses estímulos sonoros, para que não se assuste e não haver o risco de derrubar a criança. Tudo é pensado e gerenciado para que nosso trabalho seja realizado de forma correta e que o animal se mantenha saudável para essa missão”, ressaltou a diretora.