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Educação Ambiental na prática: estudantes estaduais transformam óleo de cozinha usado em sabão ecológico

Por meio do projeto multidisciplinar, os estudantes da Escola Estadual Casa da Criança Santa Inês, em Belém, aprenderam sobre sustentabilidade com uso da Língua Portuguesa e Matemática

Por Fernanda Cavalcante (SEDUC)
04/06/2025 14h16

Em um projeto inovador desenvolvido dentro do componente curricular de Educação Ambiental, estudantes da Escola Estadual de Ensino Fundamental Casa da Criança Santa Inês, no bairro do Souza, em Belém, estão aprendendo na prática como transformar óleo de cozinha usado em sabão ecológico. A iniciativa reforça o papel essencial e impactante da preservação ambiental e consciência ecológica, além de incentivar a reutilização de materiais como o plástico e o óleo.

“A ideia surgiu a partir do momento em que nós nos perguntamos onde o óleo usado nas frituras era jogado e, depois disso, a gente verificou que o óleo era descartado de forma irregular e eu fiz uma pesquisa dentro da sala de aula e perguntei aos alunos o que as mães faziam com aquele óleo utilizado na casa deles e eles responderam que elas jogavam na pia, nas valas ou nos quintais. Então, realizamos pesquisas para saber quais problemas essa atitude causa para o meio ambiente e aí pensamos na proposta de criar um sabão ecológico para ajudar as mães, tanto na parte econômica quanto a salvar o nosso meio ambiente”, explicou Mônica Carvalho, professora de Educação Ambiental da escola e orientadora do projeto.

Trabalhado de forma multidisciplinar com os estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental, o projeto do componente curricular de Educação Ambiental envolveu as disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática, o que incentivou ainda mais a participação da comunidade escolar. “Depois que nós fizemos as receitas, nós vimos que o gênero textual que a professora de Português estava trabalhando era receitas, então nós conversamos sobre a proposta de trabalhar essa receita do sabão caseiro e ela passou a trabalhar juntamente com os alunos a receita e falou para eles como é que eles deveriam fazer, como é que eles deveriam seguir uma receita. E na Matemática, a professora utilizou as aulas sobre medidas para trabalhar o tema com eles e assim fazermos o nosso sabão”, contou a professora Mônica Carvalho.

O estudante Jonathan Silva compartilhou sua experiência com entusiasmo. “Eu gostei da experiência porque foi e é muito boa para o meio ambiente, além de ser muito criativa já que dá para reutilizar o óleo e fazer diversas coisas. Foi muita experiência, inclusive todos meus amigos aprenderam sobre educação ambiental, português e matemática nesse projeto. Em casa, agora eu pego uma garrafa pet, despejo o óleo usado lá dentro para reutilizar e fazer sabão e diversas coisas. Agora tenho consciência ambiental, antes eu jogava o óleo fora porque eu não sabia, hoje despejo da minha garrafa pet e guardo para reutilizar”, destacou.

Para a mãe do estudante, Diana Silva, a iniciativa foi uma oportunidade que fez diferença no dia a dia do filho. “Quando surgiu a oportunidade na escola e ele [o filho] foi escolhido para fazer a apresentação do projeto, a primeira coisa que eu fiz foi incentivar porque eu vejo o desempenho dele e isso é motivo de orgulho para mim e para ele mais ainda por aprender e isso é um aprendizado que é para a vida. Aqui eles aprenderam e aprendem a não contaminar o solo, cuidar da natureza”, comentou.

Educação Ambiental - A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) oferece, desde o primeiro bimestre de 2024, o componente de Educação Ambiental em todas as etapas do ensino, de forma obrigatória nas escolas estaduais. Este componente pode ter a adesão dos Municípios, alicerçada na Política de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima. 

A Seduc destaca que o conteúdo ambiental torna o Pará pioneiro na garantia de um componente curricular obrigatório de sustentabilidade, o que incentiva a participação e o engajamento de estudantes nas discussões sobre agenda fundamentais no contexto do Pará, como sede da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), no ano de 2025.