Alunos da Escola Vilhena lançam Cartilha de Boas Práticas Sustentáveis
Publicação busca orientar alunos, professores e servidores sobre a importância do descarte consciente do lixo produzido nas dependências da escola

Em alusão ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, os estudantes do ensino médio integrado e técnico em Meio Ambiente da Escola de Ensino Técnico do Pará (EETEPA), Vilhena Alves, no bairro de São Brás, em Belém, lançaram na manhã da quarta feira (4), a Cartilha “Boas práticas sustentáveis”.
O objetivo é conscientizar tanto alunos, professores e servidores sobre a importância do descarte consciente de todo lixo produzido nas dependências da escola. A iniciativa surgiu através da Incubadora de produtos e serviços da Bioeconomia amazônica, que é um projeto premiado e executado no Vilhena Alves e tem como objetivo fornecer apoio aos alunos e facilitar a articulação institucional para viabilizar soluções sustentáveis para os desafios ambientais.

A Cartilha está vinculada ao Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) que visa à gestão adequada dos resíduos, desde a sua geração até a destinação final. A iniciativa busca minimizar os impactos ambientais e está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), metas globais estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para promover o desenvolvimento sustentável em diversas áreas até 2030.
Para elaborar a cartilha, os alunos do 1º, 2º e 3º anos do curso de Meio Ambiente realizaram um estudo detalhado do espaço escolar. A partir da coleta de dados por meio de entrevistas, eles desenvolveram um diagnóstico que resultou em um relatório apontando os setores da escola com menor acesso à informação ou com práticas inadequadas de descarte de resíduos.

“A cartilha é um programa inédito dentro da escola técnica em nível estadual. É importante ordenar a questão do descarte, da seleção dos nossos resíduos, acompanhar isso desde o descarte, o consumo e até a disposição final. Estamos preparando nossos alunos para vivenciar da melhor forma o maior evento de discussão climática que ocorrerá no país, que será a Cop30, onde nossa escola” afirmou a coordenadora do projeto e do curso técnico de meio ambiente, doutora Kátia Garcez.
Julyane Moraes, aluna do curso, contou um pouco do processo de produção da cartilha. “Os professores Raimundo Melo, Fabio Guerra Marcus Souza e Maria Carolina Viggiano passaram três meses junto às turmas, nos orientando sobre as análises e como deveríamos estabelecer os procedimentos corretos para dispor a cartilha. A gente teve na prática como o técnico meio-ambiente trabalha. Então o projeto ele teve essa importância da gente entender também como que o técnico ele pode entrar em ação dentro de qualquer órgão público”.

O lançamento da cartilha contou com a palestra Soraya Costa, co-founder do Instituto Alachaster, que realiza trabalhos voltados para economia verde, Bioeconomia e saberes tradicionais. “Ficamos felizes em contribuir com a formação desses novos profissionais, não tem como desconectar nenhuma ação de sustentabilidade ou organização que não pense em meio ambiente e empreendedorismo sem pensar em educação, palestrar em uma escola que apoie práticas sustentáveis é gratificante” pontuou.
Para a iniciante no curso de meio ambiente, Ana Beatriz Pantoja, o dia foi de muita troca e aprendizado sobre a importância dos “5Rs” da sustentabilidade. “Aqui na escola, temos vários projetos no curso de meio ambiente, interligados a Bioeconomia, reciclagem, coleta seletiva, tem horta, moda criativa, onde aprendemos a repensar, reduzir, reutilizar, reciclar e recusar. A Cartilha veio em boa hora, como cidadã tenho mais conhecimento e como futura técnica entender onde posso atuar” disse a aluna.
A Diretora Vânia Carneiro explicou sobre o possível selo de “Escola + Verde” que a escola técnica está pleiteando e é concedido pelo Ministério do Meio Ambiente. “É um selo que reconhece e premia escolas que se destacam por suas práticas socioambientais e compromisso com a sustentabilidade, aqui no Vilhena Alves, sempre buscamos a temática e nossa responsabilidade dobra a partir do momento que Belém será sede da Cop30” afirma.
Texto de Carla Couto / Ascom Sectet