Governo do Estado e Museu Nacional do Piano celebram acordo para restauro de instrumento histórico
O restauro do piano será realizado pela empresa Casa do Piano, localizada no Museu Nacional do Piano, em Brasília, e não terá ônus para o Estado
A Fundação Cultural do Pará (FCP) e o Museu Nacional do Piano, localizado em Brasília, celebraram na tarde desta sexta-feira, 6, acordo que resultará no restauro do histórico piano de cauda Steinway modelo D, fabricado em Hamburgo, na Alemanha, na década de 1960. O documento foi assinado pelo presidente da FCP, Thiago Miranda, e o técnico afinador e fundador da Casa do Piano/Museu Nacional do Piano, Rogério Resende. A previsão é que o instrumento volte para o Estado no início do próximo ano.
Durante décadas o piano esteve no hall do 4º andar do prédio que hoje abriga a FCP, porém nos últimos anos já não era utilizado devido à necessidade de manutenção especializada. Após o restauro, o instrumento voltará para a FCP, porém não mais para o quarto andar e sim para o Teatro Margarida Schivasappa. “Este piano é um instrumento valiosíssimo para a FCP e não merece ficar apenas em exposição. Com certeza, ele vai abrilhantar as atividades do nosso Teatro Margarida Schivasappa, e continuará fazendo história após a restauração”, comentou o presidente da FCP, Thiago Miranda, durante a assinatura do contrato.
O restauro do piano será realizado pela empresa Casa do Piano, localizada no Museu Nacional do Piano, em Brasília, e não terá ônus para o Estado, uma vez que a FCP realizou a doação de um piano acústico Yamaha considerado inservível, ou seja, sem possibilidade de restauração para uso adequado.
“A doação, além da finalidade social, vai de encontro ao interesse público, o instrumento irá compor o acervo do Museu do Piano, preservando assim a sua história e com possibilidade de visita da comunidade”, destaca o presidente da FCP.
A musicista e professora Glória Caputo participou da assinatura do termo. Ela conta que sua história se mistura com a do piano. “Faço parte da história desse piano. É maravilhoso restaurar um instrumento como este — um modelo que, atualmente, tem um custo aproximado de dois milhões e meio de reais. Será um grande benefício para a FCP, que terá um piano funcional para as atividades do Teatro Margarida Schivasappa”, conta.
Restauro - A empresa responsável pelo restauro é a Casa do Piano que oferece serviços de restauração e mantém o Museu Nacional do Piano do Brasil. O proprietário da empresa e do museu, o restaurador Rogério Resende, destacou a complexidade do trabalho.
“É um serviço minucioso, que será feito em tempo recorde. As peças são todas originais alemãs, e faremos a catalogação e restauração. Um piano de cauda como este tem 12 mil peças, e o processo é bastante complexo”. Resende já restaurou pianos para outros países, como EUA e Portugal, além de entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU).
Durante a retirada do piano, a equipe da Casa do Piano presenteou a FCP com um piano em miniatura, simbolizando a parceria entre as instituições.
Texto com colaboração de Bruno Cunha (FCP)