PM do Pará finaliza 1ª semana de curso especializado para condutores e cães que vão atuar na COP30
Treinamento segue até o dia 30, com orientações sobre químicas e varreduras com segurança, entre outros conhecimentos
A Polícia Militar do Pará (PMPA) concluiu a primeira semana do curso de especialização voltado à formação de condutores e cães farejadores de explosivos, em preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro, em Belém. A capacitação reúne militares de diversos estados e qualifica os chamados binômios — duplas formadas por policial e cão — para atuar em operações de segurança em grandes eventos, seguindo protocolos internacionais.
Com duração de 15 dias, o curso abrange técnicas de adestramento e conteúdos teóricos fundamentais, como noções de química de materiais explosivos e seus cheiros característicos. Segundo os instrutores, o objetivo é aumentar a eficácia da detecção feita pelos cães durante operações de varredura em locais de grande circulação de pessoas.
“Estamos qualificando não só os nossos condutores, mas também os cães. A formação aborda desde o comportamento canino até a leitura de ambiente e a assinatura de odor dos explosivos, o que traz mais precisão ao trabalho do binômio. É uma atuação conjunta e complexa, que exige sintonia entre o policial e o cão”, explicou o major Dã Paiva, que integra o Batalhão de Ações com Cães da PMPA.
A formação conta com três cães em fase avançada de treinamento e que farão parte da atuação direta na segurança da COP30. A turma inclui militares que já têm experiência em adestramento e noções de comportamento animal, além de conhecimento sobre as janelas de aprendizagem dos cães.
Investimento em segurança pública e cooperação entre estados
O major Samarino Santana, da PM do Maranhão, destacou a importância do curso para a estruturação de uma nova unidade especializada no estado. “A ideia é levar esse conhecimento para implementar a primeira unidade de cães especializada em detecção de explosivos no Maranhão. É uma demanda cada vez mais latente em eventos diplomáticos e grandes aglomerações”, afirmou.
Além da formação prática, os alunos recebem aulas ministradas por especialistas que abordam aspectos científicos dos explosivos, seus comportamentos e métodos para evitar acionamentos acidentais durante as varreduras.
Para o policial militar Yuri Calliari, de Santa Catarina, a formação tem um valor estratégico. “É um curso inédito. O que mais me chamou atenção foi a profundidade do conhecimento. Nossa intenção é aplicar essa formação em nossa corporação, multiplicando o aprendizado não só entre os adestradores, mas também nas diversas áreas da segurança pública”, destacou.
O treinamento segue até o dia 30 de junho e reforça o compromisso da PMPA com a excelência operacional e a segurança da COP30, evento que colocará Belém no centro das atenções globais.