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Pará e Guiana Francesa alinham cooperação estratégica para a Amazônia

Este primeiro diálogo formal entre os representantes marca um avanço nas relações bilaterais e reforça o papel do Pará na integração amazônica

Por Manuela Oliveira (FAPESPA)
26/06/2025 15h43

Dando continuidade ao programa de cooperação, o Governo do Pará, através da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) e a Coletividade Territorial da Guiana Francesa (CTG) realizaram, na quarta-feira (25), uma reunião estratégica em Belém, voltada ao fortalecimento da cooperação regional no âmbito do Programa Interreg de Cooperação Amazônica (PCIA).

Este primeiro diálogo formal entre os representantes marca um avanço nas relações bilaterais e reforça o papel do Pará na integração amazônica. A expectativa é que a articulação resulte em projetos conjuntos, intercâmbio de conhecimento e ações com foco no enfrentamento das mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e capacitação regional.

O encontro reuniu o diretor-presidente da Fapespa e representante do Pará no PCIA, Dr. Marcel Botelho, e o representante permanente da CTG no Pará, professor Christian Haridas, além de suas respectivas equipes técnicas. A reunião foi realizada no escritório da CTG, na capital paraense.

Parcerias voltadas para a área de ciência, tecnologia e inovação estiveram entre as pautas tratadas na reunião, com destaque para o papel da Fapespa como articuladora entre a Guiana Francesa e instituições paraenses.

Intercâmbio - Em agosto de 2024 o Pará passou a integrar o Programa Interreg de Cooperação Amazônica - PCIA, programa gerido pela Coletividade Territorial da Guiana Francesa - CTG, e que conta com o aporte financeiro da União Europeia para o desenvolvimento da região do platô das Guianas. O Pará tem como representante nesse programa o diretor-presidente da Fapespa, que participou do lançamento do PCIA em Caiena, onde o termo de adesão foi recebido pelo presidente da CTG, Gabriel Serville.

Iniciativa Amazônia +10 - Durante a reunião também foram tratadas as possíveis formas de viabilização das parcerias, entre elas a Iniciativa Amazônia +10 foi apontada como uma via estratégica para cooperação em pesquisa e desenvolvimento, especialmente por meio da Universidade da Guiana.

A Amazônia +10 foi concebida para apoiar a pesquisa e a inovação tecnológica na Amazônia Legal, promovendo a interação natureza-sociedade e o desenvolvimento sustentável e inclusivo da região, em julho de 2022. Trata-se de um projeto do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), do Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência Tecnologia e Inovação (Consecti) e que tem a parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 

A iniciativa aspira promover ações convergentes de CT&I que fortaleçam diretrizes, eixos e proposituras do Planejamento Estratégico de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia visando superar obstáculos para o reflorestamento de áreas degradadas, o desenvolvimento de atividades agrícolas de baixa emissão de gases de efeito estufa, a agregação de valor nas cadeias produtivas da bioeconomia, a geração de alimentos, a produção de fármacos, a geração de energia limpa, a garantia de acesso a serviços básicos para as populações que habitam na região, entre outros.

E a principal condutora da Iniciativa Amazônia +10 no Pará é a Fapespa, que já administra cinco dos 36 projetos contemplados na primeira chamada, e mais 13 dos 22 projetos da segunda chamada. São projetos presididas e orientadas em três grandes eixos temáticos: Território, Povos da Amazônia e Fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis.

Biodiversidade - Estudos apontam que a Amazônia possui enorme potencial para a geração de inovação, produção, beneficiamento, comercialização e consumo de produtos oriundos da biodiversidade, fazendo da bioeconomia uma nova matriz econômica para o desenvolvimento sob as bases da sustentabilidade.

“A colaboração transnacional e transfronteiriça, segundo os participantes, será essencial para consolidar soluções conjuntas e deixar um legado duradouro para a Amazônia”, avalia Botelho.