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Caravana rumo à COP30 avança com escuta e protagonismo dos povos indígenas

SEPI coordena etapa em Altamira com representantes de nove povos e reforça compromisso do Estado com justiça climática e saberes ancestrais

Por Governo do Pará (SECOM)
15/07/2025 21h14

Com foco na escuta ativa e na valorização dos saberes ancestrais, o Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado dos Povos Indígenas (SEPI), realizou mais uma etapa da Caravana dos Povos Indígenas Rumo à COP30. O encontro ocorreu no auditório da FUNAI, em Altamira, e reuniu representantes de nove povos da região do Médio Xingu: Xipaya, Curuaya, Juruna, Kayapó, Araweté, Arara, Parakanã, Assurini e Xikrin.

A atividade integra o ciclo preparatório para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro deste ano, em Belém. A iniciativa tem como objetivo levar informações sobre o evento global e garantir a participação qualificada dos povos indígenas a partir da construção coletiva de propostas e do debate sobre temas que impactam diretamente seus territórios.

Justiça climática com protagonismo indígena

Durante a programação, as lideranças discutiram temas como justiça climática, proteção dos conhecimentos tradicionais, financiamento ambiental e os efeitos do desmatamento e da crise climática sobre os modos de vida indígenas. Também foram abordadas formas de garantir o acesso efetivo dos povos aos espaços oficiais da COP30.

“Hoje nós estamos tendo a oportunidade de ter uma conversa com a SEPI, que é responsável pela união do povo indígena do Pará, onde nos trazem a contextualização de como vai ser a COP30. E para nós é importante entender como vai ser, para que possamos nos preparar e colocar em pauta o que será levado. A Amazônia está sendo vítima do aquecimento global”, afirmou Kawtyrei Assirini, liderança e professor do povo Assurini do Médio Xingu.

A diversidade de perfis presentes - entre mulheres, jovens e anciãos - fortalece a representação plural na construção de propostas para os espaços de decisão global.

Pará como referência em política climática com base ancestral

A Caravana é uma das estratégias adotadas pelo Governo do Pará para consolidar uma política climática que reconhece os povos indígenas como protagonistas. As escutas estão sendo realizadas nas oito etnorregiões do estado, incluindo Altamira, que abriga uma das maiores diversidades étnicas do Pará.

“O mundo precisa ouvir os povos indígenas. Não estamos apenas exigindo presença, mas oferecendo caminhos. O Pará está demonstrando que é possível construir uma política climática com base em escuta, ancestralidade e justiça. A Caravana é a nossa forma de levar informação aos nossos povos e afirmar que a floresta viva tem voz e precisa ocupar os espaços de decisão sobre o futuro do planeta”, destacou Puyr Tembé, secretária de Estado dos Povos Indígenas do Pará.

A COP30 reunirá mais de 190 países para discutir os rumos da política climática global. A expectativa é que a presença dos povos indígenas da Amazônia contribua com propostas concretas baseadas em seus conhecimentos e experiências milenares para salvar o planeta.