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Tecnologia inédita fortalece tratamento oncológico no Ophir Loyola

Unidade estadual é a única do Brasil com dois aceleradores Halcyon e equipamento de tomossimulação Go.Sim, ampliando capacidade e segurança no tratamento oncológico

Por Aline Saavedra (SECOM)
25/07/2025 08h00

Referência no tratamento de câncer no Norte do Brasil, o Hospital Ophir Loyola (HOL) realiza cerca de 15 mil atendimentos mensais e se destaca pela modernização de seus serviços, aliando tecnologia de ponta a um atendimento humanizado. A unidade é a única no Brasil com dois aceleradores lineares de partículas Halcyon™️ – Varian e a única no Pará a possuir um tomossimulador Go.Sim – Siemens, equipamento presente em apenas outros três hospitais do país.

A paciente Josiane Ramos Dias, 30 anos, de Tomé-Açu, iniciou o tratamento de radioterapia no mês de junho, após ser diagnosticada com câncer de colo de útero. "Desde o começo do tratamento eu sou muito bem atendida. Não tenho do que reclamar. Até agora, graças a Deus, não senti nenhuma reação, nem da quimio, nem da rádio. Depois que comecei o tratamento eu não sinto mais dor, durmo tranquilamente. A radioterapia é tranquila. É rápido, não sinto nenhuma dor", disse a paciente após realizar mais uma sessão.

Eficiência e maior acesso ao tratamento

Segundo o diretor-geral do HOL, Heraldo Pedreira, os avanços tecnológicos ampliaram a capacidade de atendimento. "Com a modernização que esses equipamentos proporcionam, a gente avançou muito no nosso tratamento. Cada sessão de radioterapia dura, com os aceleradores lineares de partículas Halcyon™️ – Varian, entre quatro e cinco minutos. Com a rapidez e a eficácia, mais pessoas têm o atendimento garantido, e de forma rápida. Por mês, são realizados aproximadamente 250 procedimentos de radioterapia em um universo que não chegava a 50, mensalmente", destacou.

Os equipamentos permitem alta precisão na aplicação da dose, poupando órgãos sadios e reduzindo efeitos colaterais. O físico médico Francisco Sampaio explica que, antes de cada sessão, imagens são feitas para assegurar que a radiação atinja apenas o volume alvo da lesão. "Hoje nós temos os aceleradores de alta complexidade que dão uma chance maior de cura ao paciente. Antes de cada sessão é obrigatória a realização de imagens, que o próprio aparelho faz, para certificar de que a dose será entregue no volume alvo, poupando os órgãos sadios e, consequentemente, os pacientes vão apresentar menor toxicidade durante o tratamento", frisou.

Radiocirurgia com foco em metástases cerebrais

A tecnologia também é usada em radiocirurgias para tratar metástases cerebrais. "Esse aparelho nos proporciona a oportunidade de fazer o tratamento específico por radiocirurgia. Em que a radiação é feita exclusivamente no sítio do tumor e não em todo o cérebro. Isso possibilita um tratamento de mais curta duração, de benefícios mais rápidos e de menor tempo de tratamento para o paciente. Sem dúvida nenhuma, quando bem indicado em alguns pacientes, isso dá bons resultados", ressaltou o neurocirurgião Joel Monteiro de Jesus.

O HOL atende pacientes de todos os 144 municípios paraenses e de estados vizinhos. O acesso aos serviços é feito por meio de encaminhamento pelas Unidades Básicas de Saúde e pelas Secretarias Municipais de Saúde. A unidade é vinculada à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e é referência regional no tratamento oncológico, com foco na excelência clínica e no acolhimento humanizado.