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Amamentação nutre e fortalece vínculos no Hospital Regional de Marabá

Na UTI Neonatal, as mães que acompanham os filhos encontram acolhimento e assistência de alta complexidade no cuidado com os recém-nascidos

Por Governo do Pará (SECOM)
01/09/2025 10h59

No Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, o aleitamento materno é mais do que um ato de nutrição: é símbolo de cuidado, vínculo e esperança. Na delicada rotina da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, as mães que acompanham os filhos encontram, tecnologia, assistência de alta complexidade, e um olhar acolhedor capaz de renovar forças e sustentar a caminhada pela vida.  
 
Thuany Reis, 25 anos, moradora de Parauapebas, na região de Carajás, acompanha há 10 dias a filha Suria Raabe, nascida prematura. Sem poder amamentar diretamente, ela se apoia nas instruções recebidas. “Recebo sempre orientações de como amamentar e isso me dá força para continuar. Aprendi a retirar o leite, que hoje é oferecido à minha filha pela sonda, mas meu maior sonho é logo poder colocá-la no colo e amamentar. relatou.
 
A solidariedade entre as mães suaviza a rotina intensa da UTI Neonatal. Kassia Cardoso, moradora de Marabá, na região de Carajás, que está há 12 dias ao lado da filha Katrina Patrícia, reforça esse elo coletivo. “Aqui a gente se apoia, compartilha experiências e aprende todos os dias. Saber que minha filha recebe o meu leite, mesmo pela sonda, dá esperança de que logo vou poder tê-la nos braços e amamentar de verdade”, explicou.
 
A UTI Neonatal do hospital, gerenciado pelo Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), dispõe de nove leitos exclusivos para recém-nascidos em estado grave. Mais do que equipamentos de ponta e protocolos de alta complexidade, o espaço oferece às famílias o acolhimento e atendimento humanizado aos pequenos pacientes e familiares.
 
Orientações
 
A unidade do Governo do Pará conta com uma Comissão de Aleitamento Materno (CAM), que realiza regularmente ações educativas com as mães que acompanham os filhos na UTI Neonatal, além das gestantes em pré-natal de alto risco e colaboradoras grávidas da instituição. A iniciativa visa fortalecer a rede de apoio e difundir a importância do leite materno como proteção, nutrição e vínculo entre mãe e filho.
 
A enfermeira Mayara Feitosa, responsável pela UTI Neonatal, diz que cada orientação é um passo em direção à saúde dos bebês. Técnicas de ordenha manual, higienização e estímulos para aumentar a produção fazem parte do processo e que ajudam os pequenos.
 
“Nosso papel é estimular o aleitamento materno em todas as formas possíveis. Mesmo que o bebê ainda não consiga mamar no peito, o leite ordenhado já é fundamental para sua recuperação. Para um prematuro, o leite materno é como um medicamento natural, protege de infecções e auxilia no desenvolvimento do sistema imunológico”, destacou a enfermeira.
 
Além do aspecto técnico, Mayara lembra que o apoio emocional também é parte essencial do tratamento. O contato pele a pele e a participação ativa das mães no cuidado diário fortalecem a confiança e criam laços que ultrapassam o tempo de internação.
 
“O leite materno é mais do que alimento, é vínculo, é cuidado e é esperança. Nosso compromisso é estar ao lado de cada mãe, mostrando que, mesmo nos momentos mais desafiadores, ela é parte essencial da recuperação e da vida do seu filho”, concluiu.
 
Referência pediátrica

O Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso, em Marabá, é referência em média e alta complexidade infantil. A unidade dispõe de UTI Pediátrica e UTI Neonatal, ambas com nove leitos, além de 11 leitos de enfermaria para cuidados intermediários. Ao todo, o hospital tem 135 leitos, sendo 97 de internação clínica e 38 de UTI, com atendimento 100% gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Texto de Ederson Oliveira