Educação ambiental fortalece vínculo de alunos com a floresta em Reserva de Desenvolvimento Sustentável no Pará
Ação levou para as salas de aula atividades lúdicas, palestras e rodas de conversa sobre a importância da preservação ambiental

A Escola Municipal Sol Elarrat Canto, localizada na Vila Cai, dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Vitória de Souzel, em Senador José Porfírio, recebeu a visita da equipe do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio). A ação levou para as salas de aula atividades lúdicas, palestras e rodas de conversa sobre a importância da preservação ambiental.
Durante o encontro, os técnicos da Diretoria de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação (DGMUC) desenvolveram dinâmicas voltadas para o cotidiano das crianças, relacionando os cuidados ambientais ao espaço onde elas vivem. Para os alunos, a experiência foi enriquecedora. “Foi bacana aprender a não jogar lixo na água, porque os peixes podem comer e morrer. Gostei também do que falaram sobre cuidar da área de preservação, para não matar os animais e proteger as árvores, que dão sombra, vento e frutos. Até no jogo que a gente brincou, aprendi sobre educação ambiental. Gostei muito”, contou o estudante Kelvisson Soares, de 11 anos.

Aprendizagem - A professora Adriana Carla Palheta, que leciona para turmas do 3º ao 5º ano, destacou o impacto da visita na formação dos alunos. “Foi uma visita marcante. As crianças demonstraram curiosidade e entusiasmo ao aprender sobre educação ambiental. As atividades incentivaram questionamentos e discussões, mostrando que estavam engajadas. Essa parceria com o Ideflor-Bio é significativa porque aproxima os estudantes da realidade da unidade de conservação onde vivem e desperta neles um senso de responsabilidade desde cedo”, ressaltou.
O diretor da escola, Lamartinhe Corrêa de Castro, também avaliou a ação como fundamental para fortalecer o vínculo da comunidade com a reserva. “A visita foi muito acolhedora e crucial para a conscientização. Os alunos entenderam melhor a importância da biodiversidade e da preservação das reservas naturais. A escola faz parte dessa área e, com iniciativas como essa, podemos desenvolver projetos práticos de reflorestamento, monitoramento da fauna e flora e envolver toda a comunidade em uma cultura de respeito ao meio ambiente”, afirmou.
Além de palestras, os estudantes participaram de jogos educativos e rodas de conversa, que incentivaram reflexões sobre práticas sustentáveis, como a redução do uso de plástico e o descarte correto do lixo. Para a analista jurídica do Ideflor-Bio, Carla Barbosa, que também atua na Comissão de Planos de Manejo (Coplam) do Ideflor-Bio, essas iniciativas têm efeito multiplicador. “A educação ambiental nas escolas é uma ferramenta fundamental para desenvolver senso crítico e sensibilização nas crianças. Elas passam a ser multiplicadoras de práticas sustentáveis dentro de casa e na comunidade. Na RDS, esse trabalho é ainda mais necessário, porque conecta diretamente o aprendizado com a realidade local”, explicou.

Consolidação - A iniciativa também reforça a proposta do Governo do Pará de integrar comunidades locais à gestão das unidades de conservação, garantindo que as populações que vivem dentro ou no entorno das reservas se tornem protagonistas da proteção ambiental. No caso da Vila Cai, dentro da RDS Vitória de Souzel, o envolvimento da escola com a temática ambiental se mostra estratégico para formar cidadãos comprometidos com a conservação.

Segundo o titular da DGMUC, Ellivelton Carvalho, a educação ambiental é estratégica para consolidar esse modelo. “A presença do Ideflor-Bio nas escolas das comunidades localizadas em áreas protegidas é essencial. Nosso objetivo é despertar nas novas gerações o entendimento de que a floresta em pé traz benefícios para todos. Quando as crianças compreendem o valor da biodiversidade e levam esse conhecimento para suas famílias, estamos construindo um futuro mais sustentável”, afirmou.
A equipe técnica do Ideflor-Bio avalia que as ações realizadas na Escola Sol Elarrat Canto serão replicadas em outras comunidades da RDS, fortalecendo a aproximação entre educação e sustentabilidade. “Foi apenas o início de uma parceria que deve se expandir. A resposta das crianças e professores mostra que a educação ambiental tem um efeito transformador, capaz de gerar mudanças concretas no modo de pensar e de agir em relação ao meio ambiente”, reforçou a analista ambiental do Ideflor-Bio, Lorena Viana.