Semas dialoga sobre bioeconomia e políticas públicas em Fórum de Lideranças Femininas
O evento reuniu lideranças comunitárias, empreendedoras, gestoras públicas, acadêmicas e representantes de movimentos sociais para debater os desafios e as oportunidades da presença feminina em espaços de decisão
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas) participou, na última terça-feira (10), do "Fórum de Lideranças Femininas - Elas à frente: Incentivo para Mulheres Avançarem em Posições de Liderança", realizado no Centro Universitário do Estado do Pará (Cesupa), em Belém. O evento reuniu lideranças comunitárias, empreendedoras, gestoras públicas, acadêmicas e representantes de movimentos sociais para debater os desafios e as oportunidades da presença feminina em espaços de decisão.
Representando a Semas, a secretária adjunta de Bioeconomia, Camille Bemerguy, destacou, durante o encontro, o fortalecimento da liderança feminina nas políticas públicas ambientais e na bioeconomia. Atualmente, a secretária adjunta coordena iniciativas como o Plano de Bioeconomia e a implantação do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, que ampliam a participação do Pará e da Amazônia em fóruns nacionais e internacionais.
“Nos últimos anos, conquistamos espaços de fala. Antes, quase só recebíamos políticas prontas, de um olhar distorcido. Agora conseguimos levar nossa voz para construir em conjunto”, explicou Camille.
A secretária ressaltou ainda que 85% da equipe da Secretaria de Bioeconomia é composta por mulheres e que, no cenário nacional, há cada vez mais gestoras ocupando cargos estratégicos, como a secretária nacional de Bioeconomia, Carina Pimenta, e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
“Avançamos muito. Antigamente, em áreas como finanças, quase não se viam mulheres. Cada vez surgem mais exemplos, mais mulheres são trazidas para esse lugar”, completou.
Entre as participantes, esteve presente Adriana Lima, coordenadora do Movimento de Mulheres das Ilhas de Belém, que há 26 anos atua na organização de mulheres da Ilha de Cotijuba. Ela relatou que sua atuação começou ainda na juventude, acompanhando a mãe na associação comunitária.
“Nunca me enxerguei como liderança. Sempre me vi como uma trabalhadora da associação. Mas percebi que nosso papel é, além de atuar, incentivar outras mulheres a assumirem a liderança”, destacou Adriana Lima.
A coordenadora salientou que a associação mantém um estatuto no qual os homens podem participar, mas não ocupar cargos de coordenação, como forma de garantir protagonismo feminino nas decisões.
As participantes reforçaram que os desafios de liderar permanecem, mas avaliaram que o exemplo e a ocupação de espaços estratégicos são fundamentais para fortalecer outras mulheres e garantir que as políticas públicas reflitam as realidades dos territórios amazônicos.
Texto: Mário Gouveia/ Ascom Semas
