Alta procura leva Fundação ParáPaz a ampliar curso de inglês voltado à COP30
Formação gratuita focada em comunicação prática para receber visitantes durante o evento internacional atraiu mais de 360 jovens em uma semana

As primeiras aulas do curso de inglês promovido pela Fundação ParáPaz na Unidade João Paulo II, em Belém, para atuação em grandes eventos internacionais, como a 30ª Conferência da ONU sobre Mudança do Clima (COP30), já começaram com procura recorde: em apenas uma semana, mais de 360 jovens de 15 a 30 anos se matricularam, superando as expectativas. A alta demanda levou a Fundação a abrir duas novas turmas, que também tiveram todas as vagas preenchidas.

“A adesão foi surpreendente e mostra o quanto a comunidade está interessada em se preparar para a COP30, reforçando a importância da iniciativa e o compromisso em oferecer condições de acesso e preparação para todos”, celebra a coordenadora da unidade João Paulo II, Denise Braga. As aulas da primeira turma ocorrem até o dia 30 de setembro. As outras duas serão ministradas no mesmo formato, de 22 de setembro a 31 de outubro, para garantir que os alunos estejam prontos antes da conferência climática.
A metodologia do curso é prática e dinâmica, com foco em situações reais do cotidiano, como atendimento ao público, mobilidade urbana, compras e câmbio. O objetivo é proporcionar, em pouco tempo, uma base sólida para que os participantes consigam se comunicar com visitantes estrangeiros durante a COP30.

A professora de inglês Gisele Ramalho, com mais de 23 anos de experiência, explica que o curso foi planejado como uma preparação rápida para situações reais. “Em cerca de um mês, conseguimos trabalhar apresentações pessoais, atendimento ao cliente, noções de câmbio, mobilidade e simulações de vendas. A ideia é unir diversos temas de forma simples, com material totalmente em inglês, mas sempre associado à tradução, para que os alunos compreendam e comecem a pensar no idioma”, afirma.
Ela conta que toda aula inclui atividades práticas imediatas, como diálogos prontos e simulações do dia a dia, o que facilita a memorização. “Ensinei, por exemplo, a falar o endereço em inglês e, em seguida, eles treinaram entre si com os próprios endereços. A proposta é que o aluno pratique, memorize e se sinta seguro para usar o idioma em situações reais”, acrescenta Gisele.

Para muitos participantes, está é a primeira oportunidade de ter acesso a uma formação gratuita e direcionada. Rebeca Ferreira, de 20 anos, já tinha alguma base em inglês adquirida na escola, mas nunca havia participado de um curso assim. “Estou achando muito bom, porque abre caminho para quem não tem renda, já que normalmente esses cursos são caros. Além disso, vai me ajudar na COP e também nos meus planos pessoais”, comemora.
A estudante Beatriz Cardoso, de 24 anos, ressalta que o aprendizado vai além da conferência. “Ter ao menos o básico já é fundamental, e aqui a gente vai além, com regras e situações reais que posso usar no dia a dia”, diz.