Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí debate valorização da vida com estudantes
Alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Maria Sylvia dos Santos participaram de palestra e dinâmicas sobre saúde mental realizadas por uma psicóloga
Como parte da programação mensal da campanha Setembro Amarelo, profissionais do Complexo Hospitalar Regional de Tucuruí, no sudeste paraense, realizaram uma ação externa de valorização da vida e prevenção ao suicídio na tarde desta quinta-feira (18). O evento foi direcionado aos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Maria Sylvia dos Santos, situada na Rua Itaipu, Vila Permanente, área urbana de Tucuruí.
O evento incluiu palestra sobre "Neurociência, Psicologia Positiva, Benefícios da Gratidão como Ferramenta e Subsídio para a Saúde Mental", ministrada por um grupo de profissionais de diversas áreas da unidade hospitalar em colaboração com a Secretaria Municipal de Educação de Tucuruí, por meio do Serviço de Orientação e Acompanhamento à Família (Soafe) da Escola Maria Sylvia.
Estudantes do 8º e 9º ano participaram da palestra e das dinâmicas realizadas pela psicóloga Thauana Christine da Silva Costa, pela enfermeira do Trabalho Raissa Cristina e pelas assistentes administrativas Rhadigen Pereira (do Núcleo de Educação Permanente - NEP) e Andressa Joane (Setor de Humanização).
Orientações - Durante o evento, os alunos esclareceram dúvidas, identificaram possíveis causas do suicídio e receberam orientações sobre onde encontrar apoio.
A psicóloga Thauana Costa destacou que, “quando lidamos com algum problema e escolhemos mantê-lo em segredo, essa decisão pode nos causar sofrimento e, eventualmente, levar ao adoecimento. Assim, a melhor alternativa é procurar ajuda, sendo o diálogo o meio mais eficiente".
Ela acrescentou que, "em várias situações, o suicídio pode ser evitado, principalmente porque os transtornos emocionais constituem uma das principais razões. Portanto, é essencial procurar ajuda e observar alterações no comportamento de pessoas próximas, indícios de depressão, e direcioná-las a um serviço especializado de psicologia ou psiquiatria, sempre oferecendo apoio sem julgamentos a quem está enfrentando dificuldades".
Sandra Albuquerque Costa, estudante da Escola Maria Sylvia, fez questionamentos e, durante a dinâmica com os colegas, ressaltou a importância de buscar informações sobre o assunto para aprender a não considerá-lo um tabu. Segundo a aluna, assim é possível auxiliar aqueles que necessitam a encontrar a melhor estratégia para lidar com essa questão tão grave. "Em vez de adotar uma abordagem puramente teórica, é essencial tratar essa questão como um problema social e de saúde pública, afetado por várias condições de vida que impactam muitas pessoas, como relações familiares, de saúde e de trabalho", enfatizou Sandra Costa.
A professora Maria do Céu Luz de Oliveira, diretora da Escola, agradeceu a presença dos profissionais do HRT. "É essencial sair do ambiente de trabalho e ultrapassar os limites do Hospital, pois nossos alunos precisam ter acesso a essas informações e esclarecer suas dúvidas, tendo em vista que o suicídio é uma das principais causas de morte entre jovens no Brasil", disse a gestora.
Cenário e ajuda - De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio ocupa a 15ª posição entre as causas de morte no mundo, correspondendo a 1,4% de todos os óbitos, e sendo a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos. No Brasil, o suicídio ocupa a quarta posição nessa faixa etária, com cerca de 11 mil casos todos os anos.
Em casos de assistência de urgência ou emergência, é preciso procurar o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) local, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou o Hospital Regional de Tucuruí. Também é possível contatar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) pelo telefone 192, o Corpo de Bombeiros Militar pelo número 193 ou o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo 188.
Texto: Wellington Hugles – Ascom/HRT