ParáPaz fortalece prevenção e acolhimento a vítimas de exploração sexual
No Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças, Fundação ParáPaz destaca importância de proteger e orientar as vítimas
O Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças - 23 de Setembro - fortalece o alerta para a prevenção e o combate a crimes que atingem e violam direitos humanos. A Fundação ParáPaz atua na proteção e no acolhimento a mulheres, crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, oferecendo atendimento psicológico, social, pedagógico e jurídico, além de trabalhar com campanhas educativas, atividades e orientações em escolas e comunidades.
Em 2024, foram feitos mais de 2.500 atendimentos a crianças e adolescentes vítimas de violência sexual nas unidades e centros integrados da Fundação em todo o Estado. Já em 2025, de janeiro a agosto, foram registrados mais de 1.700 serviços.
A pedagoga Eurilene Galúcio, coordenadora da Unidade Integrada ParáPaz em Santarém, no oeste paraense, explicou que esse trabalho exige sensibilidade dos profissionais. “Nós, enquanto equipe multidisciplinar, nos preocupamos em falar sobre o tema de forma clara e objetiva, respeitando os limites da faixa etária infantojuvenil sem deixar de esclarecer sobre o que é o crime de exploração e abuso sexual. A partir desse diálogo importante, a criança passa a ter conhecimento sobre os limites de contato, e assim consegue identificar abusos, tornando-se confiante para pedir ajuda”, disse a coordenadora.

Reconhecimento - A exploração sexual ocorre quando uma pessoa é usada para fins sexuais em troca de dinheiro ou vantagens, atingindo principalmente crianças, adolescentes e mulheres. Essa gravidade fica evidente em alguns casos atendidos pela Fundação ParáPaz.
A assistente social Angélica Guerreiro, do Centro de Atendimento Integrado ParáPaz na Santa Casa do Pará, situada em Belém, ressaltou que muitas vezes o reconhecimento da violência não é imediato pelas próprias vítimas, e nem por seus familiares.
“Já acompanhamos casos de exploração sexual de crianças e adolescentes em que as vítimas não aceitavam que estavam sendo exploradas. Em alguns casos, até as mães eram coniventes, por conta do dinheiro. É por isso que o trabalho de orientação e conscientização é tão importante, para que a sociedade entenda que exploração e abuso sexual são crimes, e não podem ser naturalizados", informou Angélica Guerreiro.
A Fundação também atua em conjunto com a rede de proteção, que inclui órgãos de segurança pública, conselhos tutelares, Ministério Público e Defensoria Pública. Essa articulação garante mais rapidez na identificação e no encaminhamento dos casos, fortalecendo o cuidado com as vítimas.
Serviço: A Fundação ParáPaz mantém dez unidades com atendimento a crianças e adolescentes vítimas de violência no Estado.
- Centro de Atendimento Integrado para Crianças e Adolescentes Vítimas e Testemunhas de Violência
- Santa Casa do Pará: Rua Bernal do Couto, s/n. Tel.: (91) 98416-7569/ Tel. fixo- 32517268.
- Polícia Científica: Rodovia Transmangueirão, s/n. Tel.: (91) 98509-7851.
- ParáPaz Integrado nas Regionais Delegacia da Mulher e Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente
• ALTAMIRA: Rua Curitiba, 2973 - Jardim Uirapuru. Tel: (93) 98431-2307.
• BRAGANÇA: Rua 2 de Outubro, 50 – Centro. Tel: (91) 98412-7452.
• BREVES: Rua Ângelo Fernandes, s/n - Aeroporto. Tel: (91)98490-0062.
• MARABÁ: Avenida Espírito Santo, 298 - Amapá. Tel: (94) 98413-0018.
• PARAGOMINAS: Avenida Industrial, s/n - Bela. Tel: (91) 98511-2017.
• PARAUAPEBAS: Avenida J, Quadra 24, Lote 108 - Jardim Canadá. Tel: (94) 98445-5415.
• SANTARÉM: Avenida Sérgio Henn, 70 - Aeroporto Velho. Tel: (93) 98431-9233.
• TUCURUÍ: Rua São Paulo, s/n - Bela Vista. Tel: (94) 98445-4455.