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Em Soure, Operação 'Curupira Mirim' leva capacitação para enfrentar exploração sexual

Comerciantes e representantes da rede turística do município marajoara participaram da iniciativa da Segup. Evento reforçou ações preparatórias para a COP30.

Por André Macedo (SEGUP)
24/09/2025 20h14

A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) realizou nesta quarta-feira (24) mais uma capacitação preparatória no âmbito da Operação “Curupira Mirim”. Comerciantes e representantes da rede turística de Soure, município do Arquipélago do Marajó, participaram da ação, realizada em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) para prevenir a exploração sexual e o tráfico de crianças e adolescentes.

Realizada desde o início de setembro, a Operação já passou por Castanhal, Belém (incluindo as ilhas de Mosqueiro e do Combu), Marituba e Ananindeua. Em Soure, cerca de 90 participantes foram capacitados, incluindo donos de bares, restaurantes e integrantes da rede hoteleira local. A ação mobiliza órgãos federais, estaduais e municipais e prepara a sociedade local para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em novembro, na capital paraense.

Secretário Ualame Machado enfatizou o fortalecimento da rede de proteção infantil

Rede de proteção - O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado, reforçou que a capacitação visa fortalecer uma rede de proteção com os donos de estabelecimentos. “A Operação 'Curupira Mirim' protege nossas crianças e adolescentes, resgatando o símbolo da COP30, que é o Curupira, e fortalecendo a proteção infantil. A Operação já passou pela Região Metropolitana de Belém, e pelas ilhas, e agora chega ao Marajó Oriental para capacitar e consolidar essa rede de proteção no Estado”, informou o titular da Segup.

A Operação, coordenada pela Diretoria de Políticas de Segurança Pública e Prevenção Social (DPS), da Segup, contou com a participação de outros órgãos, como as secretarias estaduais de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e de Turismo (Setur), Fundação ParáPaz, Ministério Público, Ministério do Turismo e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Foram abordados temas como turismo responsável, Código de Conduta Brasil, boas práticas para bares e hotéis, acolhimento e encaminhamento de vítimas, identificação de sinais de violência sexual e prevenção de crimes relacionados.

Delegada Ariane Santos: 'objetivo é levar informações'

Consciência social - A delegada Ariane Santos, titular da DPS, destacou o papel dos comerciantes na proteção de crianças e adolescentes. Segundo ela, “essa conscientização e a troca de informações são fundamentais para que eles participem ativamente no enfrentamento à exploração sexual infantil. O objetivo é levar informações e reafirmar o compromisso das ações do Comitê de Enfrentamento a Crimes Sexuais contra Crianças e Adolescentes no Pará, especialmente no contexto da COP30, mantendo crianças e adolescentes como prioridade absoluta”.

Rosely Coroa, técnica da Setur e agente local do Turismo Responsável no Pará, ressaltou a importância da ação no Arquipélago do Marajó, um dos destinos turísticos mais procurados no Estado. “A Operação busca prevenir, informar, mobilizar e chamar a sociedade para assumir o compromisso de proteger crianças e adolescentes, garantindo direitos de forma responsável, alinhado aos eixos do Turismo Sustentável/Responsável”, disse a técnica da Setur.

Para a turismóloga e presidente da Associação de Turismo de Soure, Dileane Silva, a capacitação foi produtiva e estratégica, envolvendo a rede hoteleira que, a partir desta ação, passa a multiplicar os temas abordados. Para ela, “o tema é de extrema importância para a nossa ilha, pois só podemos ajudar a combater essa realidade com esclarecimento e conhecimento de causa, exatamente o que nos foi ofertado hoje”.

Na quinta-feira (25), a Operação “Curupira Mirim” prossegue para Salvaterra, também no Marajó, ampliando a qualificação e a disseminação de informações para prevenção e enfrentamento à exploração sexual e ao tráfico de crianças e adolescentes.