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Ação “Amazônia em Libras” leva inclusão e cultura ao Forte do Presépio, com apoio da Secult

Iniciativa incentiva o ensino prático e reforça trocas entre academia e sociedade

Por Amanda Engelke (SECULT)
05/11/2025 14h09
Participantes aprendem o básico de Libras no Forte do Presépio

A ação extensionista “Amazônia em Libras” aproxima o universo da Língua Brasileira de Sinais (Libras) da sociedade, através de atividades lúdicas e troca de experiências entre alunos do curso de Letras com habilitação em Libras, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e a comunidade local. A Secretaria de Estado de Cultura do Pará (Secult) apoia o projeto que realizou a sua segunda edição na manhã desta quarta-feira (5), no Forte do Presépio. A temática dessa edição contemplou a cultura amazônica, pautando a valorização da cultura através da língua de sinais.

O diretor do espaço, Igor Zampolo, reforça a importância do Forte do Presépio como um espaço de troca de experiências com um fluxo de diversas pessoas diariamente. Nesse caso, isso se torna ainda mais especial na sua avaliação, com a aproximação também de uma comunidade historicamente marginalizada.

Ação leva inclusão e cultura a comunidade surda no Forte do Presépio

“É uma ação que ajuda a tornar o espaço mais acessível e acolhedor para comunidade surda. E quando a gente fala de Libras na Amazônia, tem um significado ainda maior, porque envolve nossa cultura, nossos modos de se expressar e de se comunicar. É muito bonito ver a universidade e o museu juntos nessa troca que aproxima ainda mais as pessoas da nossa história”, afirma Zampolo.

A coordenadora da ação e professora do curso de libras, Lizete Sobral, estima que aproximadamente cem pessoas estiveram reunidas nesta quarta-feira no espaço, entre alunos e visitantes. Eles tiveram trocas sobre o conteúdo básico de libras e aspectos culturais, focados no folclore amazônico, povos originários e ritmos paraenses. Ao fim da experiência, os alunos apresentaram uma versão em língua de sinais da música “Ai menina”, de autoria da cantora paraense Lia Sophia.

Sobral detalha que as ações são motivadas pelo Seminário Extensionista de Educação de Surdos, um novo componente curricular estabelecido pelo novo currículo dos cursos de licenciatura, definido pelo Ministério da Educação (MEC), para incentivar o aprendizado prático.

Atividade existe para promover ensino na prática

“Nessas atividades práticas, há toda uma fundamentação teórica de conteúdos que eles aprendem nas disciplinas de cada período letivo e, ao final desse período, os conteúdos trabalhados em cada disciplina são envolvidos em uma prática, que é chamada de extensionista, porque ela se estende para além dos muros da universidade, de forma que essa formação do aluno não fique restrita aos muros e ao ambiente universitário”, explica a coordenadora.

Ela agradece o apoio da Secult, do Sistema Integrado de Museus e Memoriais (SIMM) e da Faculdade de Letras Estrangeiras Modernas (Falem), que também é responsável pelo projeto. “A gente sempre tem buscado esse apoio e tem sido atendido imediatamente, ficamos muito agradecidos e quero destacar essa parceria, que tem sido muito bacana, de forma que a gente trabalhe os aspectos culturais com a sociedade, junto com o ensino da Libras”, conclui.