Múltiplas Amazônias vão ser exibidas na II Mostra Pan-Amazônica de Cinema
Vão estar em cartaz 13 curtas e 8 longas-metragens com temáticas diversas, e programação inclui duas mesas de debate. Toda a programação é gratuita.
Levar para a tela do cinema um panorama das perspectivas que compõem a pluralidade da Amazônia é o objetivo da II Mostra Pan-Amazônica de Cinema, que será realizada em Belém, de 11 a 16 de novembro, no Cine Líbero Luxardo. Serão exibidos 13 curtas e 8 longas-metragens com temáticas diversas, além de duas mesas de debate. Toda a programação é gratuita.
A abertura será na terça-feira, 11 de novembro, às 19h, com dois filmes paraenses: o premiado curta Boiuna, de Adriana de Faria, vencedor de três Kikitos no Festival de Gramado deste ano (Melhor Direção, Melhor Atriz e Melhor Fotografia), e o longa Não haverá mais história sem nós, de Priscila Brasil.
A partir de quarta-feira (12), as sessões passam a ocorrer sempre a partir das 16h, com debates e exibições de curtas e longas que se estendem até a noite. Entre os destaques estão títulos inéditos no Brasil, como La Fortaleza (Venezuela), Kaawaï Na Ana, la levée du deliu (Guiana Francesa) e Rio Rojo (Colômbia), além de produções da Bolívia, Equador e dos nove estados da Amazônia Legal.
A II Mostra Pan-Amazônica de Cinema é uma realização da Rizoma Audiovisual, do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal e da Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI), com patrocínio da Open Society e apoio do Governo do Pará, por meio da Fundação Cultural do Pará (FCP) e da Secretaria de Estado de Cultura (Secult).
Narrativa amazônica - Para o curador Bruno Vilella, a proposta foi trabalhar com produções da própria cadeia audiovisual amazônica. “Nada de fora, sobretudo porque o cinema produzido hoje é muito mais reflexivo e decolonial. Deixamos de fazer aquele cinema distante ou até de negação das questões culturais da Amazônia. Por isso, escolhemos filmes que refletem outras formas de viver, pensar e sentir a região”, explica.
Os filmes da Mostra apresentam temáticas variadas, que revelam tanto a Amazônia ancestral e mitológica quanto a Amazônia urbana, vivida por mais de 70% dos moradores da região. O curador Gustavo Soranz complementa que “Amazônia agora: ineditismo e diversidade ontológica. Esse é nosso conceito. Buscamos mostrar produções recentes, realizadas entre 2020 e 2025, nascidas em um tempo de grandes transformações sobre existir e imaginar as Amazônias. Convidamos o público a enxergar essa diversidade ontológica: diferentes olhares, linguagens e perspectivas que compõem o cinema pan-amazônico contemporâneo”.
Ursula Vidal, secretária de Estado de Cultura e coordenadora da Câmara Temática de Cultura do Consórcio da Amazônia Legal, destaca a importância da Mostra justamente durante a realização da COP30 em Belém. “Estamos trazendo uma produção cinematográfica potente, diversa e profundamente conectada às nossas identidades. A Mostra abre, nesse momento tão oportuno da COP30, uma ampla janela de imersão em nossas histórias e narrativas, a partir da extraordinária capacidade realizadora de produtores, diretores, atores e roteiristas dos 9 estados e 8 países da região. Traduzir para as telas em ficção e documentário o pulso vertiginoso de uma Amazônia em disputa no campo simbólico e político é uma missão que o audiovisual vem cumprindo com imenso vigor”, afirma.
A programação completa está disponível no Instagram @mostrapanamazonicadecinema
