Colégio Estadual Paes de Carvalho ganha 'Sala Circular', legado da COP30 para a educação
A Sala Circular é uma realização da Rede Educare, em parceria com o Governo do Pará, que estimula o conhecimento por meio da leitura e tecnologia
Com mais de 2 mil estudantes, o Colégio Estadual Paes de Carvalho (CEPC), em Belém, acaba de ganhar um novo espaço de aprendizado e criatividade: a Sala Circular. O ambiente foi entregue nesta segunda-feira (10), e representa um legado permanente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) para a comunidade escolar da região, unindo leitura, tecnologia, sustentabilidade e inovação no mesmo espaço.
Em funcionamento desde 28 de julho de 1841, quando era denominado Liceu Paraense, o "Paes de Carvalho" é uma das instituições de ensino público mais tradicionais do Pará.
A Sala Circular é uma realização da Rede Educare, por meio do Instituto Educare, em parceria com o Governo do Pará, via Secretaria de Estado de Educação (Seduc).
O secretário de Estado de Educação, Ricardo Sefer, destacou, após a entrega do espaço, a importância de parcerias que valorizam a educação pública e incentivam o protagonismo juvenil. “Nossos parceiros são sempre bem-vindos. A educação se constrói com colaboração, criatividade e propósito. Esse espaço simboliza o futuro que queremos, conectado, sustentável e com o estudante no centro do processo de aprendizagem”, afirmou o titular da Seduc.
Literatura e tour virtual - A Sala Circular é um ambiente interativo, que estimula o conhecimento por meio da leitura e tecnologia. O espaço conta com cinema, área maker, óculos de realidade virtual (3D) e 1.200 livros, além de ferramentas digitais que permitem experiências imersivas, como um tour virtual pelo mundo com conteúdos sobre sustentabilidade, biomas e práticas ambientais.
O espaço está aberto para visitação ao público durante o período da COP30. Após o evento, ficará disponível à comunidade escolar.
O secretário-adjunto de Regime de Colaboração (Sarc), Diego Maia, ressaltou o impacto da parceria. “É mais um espaço que nasce de uma parceria institucional, que gera para o estudante uma imersão, uma volta ao mundo virtual com olhares de práticas sustentáveis, das florestas e do clima. Cada vez mais estamos levando o estudante a essa realidade, para que ele viva o contexto das mudanças climáticas no seu dia a dia, na prática”, completou.
De acordo com Kátia Rocha, fundadora e diretora-executiva da Rede Educare, o projeto tem o propósito de conectar o livro, o digital e o cuidado ambiental de forma circular e integrada. “Agradecemos todo o acolhimento da escola e do secretário. Sala Circular nasceu para incentivar a leitura, estimular jovens escritores e oferecer um espaço de criatividade e pertencimento. Queremos que os alunos se vejam como protagonistas do conhecimento”, explicou.
"Espaço vivo" - Sobre o protagonismo estudantil na construção do espaço, a diretora do CEPC, Alinne Castro, disse que “a juventude participou ativamente da criação da Sala Circular. Eles escolheram os temas, os livros e os recursos que queriam ver aqui. É um espaço vivo, que conecta leitura, cultura digital e sustentabilidade. Durante a Freezone Cultural (instalada na Praça da Bandeira, em frente ao Colégio, para a conferência ambiental), o espaço será aberto ao público, e depois permanecerá como legado para a nossa escola”, informou.
Na avaliação dos alunos, o novo ambiente representa uma oportunidade única. Segundo o estudante Daniel Mendes, da 3ª série do Ensino Médio, “a Sala Circular incentiva a leitura e a criatividade dos estudantes. O espaço maker, os livros, os recursos digitais e o cinema tornam o aprendizado mais interativo. É um legado da COP30 que vai ficar para nós, e para a comunidade”.
A coordenadora de Elaboração e Enquadramento do Projeto, Mariana Batista, reforçou a importância do espaço para os jovens. “O Projeto foi pensado para trazer circularidade através do livro e da leitura, unindo cuidado ambiental e conhecimento. Em um mundo tão digital, retomar o hábito da leitura é essencial para o desenvolvimento dos estudantes”, ressaltou.
Em 18 anos de atuação, a Rede Educare está presente em sete países, com mais de 3 mil professores capacitados e 372 unidades instaladas em escolas públicas.
