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Forest Zone destaca soluções amazônicas para o desenvolvimento sustentável

Com o tema “Bioeconomia e Desenvolvimento Sustentável”, o encontro reuniu pesquisadores, gestores públicos, lideranças comunitárias e empreendedores que apresentaram experiências transformadoras em manejo florestal, turismo sustentável e recuperação ambiental no Estado do Pará

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
12/11/2025 23h29

O segundo dia da programação da Forest Zone, evento promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) paralelo à COP30, reforçou o papel da Amazônia como protagonista na transição para uma economia verde. Com o tema “Bioeconomia e Desenvolvimento Sustentável”, o encontro reuniu pesquisadores, gestores públicos, lideranças comunitárias e empreendedores que apresentaram experiências transformadoras em manejo florestal, turismo sustentável e recuperação ambiental no Estado do Pará.

Logo nas primeiras horas da manhã, o público foi convidado a refletir sobre o potencial das práticas sustentáveis de baixo custo na recuperação da vegetação nativa, em palestra ministrada pela diretora do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Gracialda Ferreira, Gustavo Schwart (Embrapa Amazônia Oriental) e Divino Silvério (UFRA). As discussões evidenciaram que inovação e simplicidade podem caminhar juntas na restauração de ecossistemas degradados, gerando benefícios sociais e ambientais duradouros.

A programação seguiu com o painel “Turismo Sustentável: Conhecer para Preservar”, apresentado por Letícia Lima, e com a exposição do diretor de Desenvolvimento da Cadeia Florestal do Ideflor-Bio, Vicente Paiva Neto, sobre o Projeto PROSAF, que tem fomentado a recuperação de áreas degradadas em diferentes regiões do Pará. Ainda pela manhã, o gerente da Região Administrativa do Marajó, Hugo Deleon, destacou os avanços na Gestão Sustentável de Resíduos Sólidos na Área de Proteção Ambiental (APA) do Arquipélago do Marajó, uma iniciativa que alia educação ambiental e protagonismo comunitário para reduzir impactos locais.

Segundo bloco - Durante a tarde, as apresentações abordaram temas como as cadeias de restauração da bioeconomia, com Douglas Costa, e o ecoturismo nas unidades de conservação estaduais, apresentado pelo gerente da Região Administrativa de Belém do Ideflor-Bio, Júlio Meyer. Segundo ele, o ecoturismo é uma das formas mais eficazes de envolver a população na conservação. “Quando as pessoas conhecem e vivenciam a floresta, elas se tornam defensoras dela. O ecoturismo é uma ponte entre o conhecimento e o cuidado, entre o visitante e o território”, afirmou.

O dia foi concluído com a apresentação “Da Semente aos Sistemas Agroflorestais”, da gerente de Produção e Apoio aos Arranjos Produtivos Florestais do Ideflor-Bio Laura Dias, que mostrou a experiência do PROSAF na restauração florestal, e com o painel da ONG Água é Vida, que demonstrou soluções simples e acessíveis para tratamento de água em comunidades amazônicas. As falas reforçaram o papel do conhecimento científico aliado ao saber local na criação de caminhos sustentáveis para o desenvolvimento da região.

Diversidade - Com uma programação plural e integradora, o segundo dia da Forest Zone reforçou o papel do Pará como vitrine de soluções amazônicas para o planeta. Entre experiências locais e olhares globais, o evento demonstrou que a bioeconomia é mais do que um conceito, é uma prática concreta que já transforma territórios, fortalece comunidades e inspira novas formas de coexistir com a floresta.

Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a Forest Zone é um espaço simbólico e estratégico para o Pará na agenda ambiental da COP30. “O Forest Zone reforça o protagonismo do Pará e mostra que é possível integrar ciência, políticas públicas e comunidades na construção de soluções concretas para o clima. É o Pará mostrando ao mundo que desenvolvimento e conservação podem caminhar juntos”, destacou. Ele acrescentou que o evento reflete o compromisso do Governo do Pará e do Ideflor-Bio com um futuro sustentável, em que a floresta viva e a valorização da biodiversidade sejam bases para o progresso socioambiental.