Fapespa entrega Selo Amazônia Mulher, que fomenta o protagonismo feminino
Iniciativa reconhece importância das empreendedoras da Amazônia. Certificação ocorreu no estande do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará, na Green Zone.
Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, o "Selo Amazônia Mulher" ganhou novo impulso com a entrega de mais 15 certificações a empreendimentos femininos, que se destacam na cadeia da bioeconomia amazônica. A cerimônia de certificação ocorreu nesta quinta-feira (13), na Green Zone, no estande do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Pará (Crea-PA), e contou com a presença de representantes do Governo do Pará, pesquisadoras, empreendedoras e membros de instituições parceiras.
Criado para valorizar e dar visibilidade a mulheres empreendedoras da Amazônia, o Selo reconhece iniciativas que desenvolvem produtos a partir da biodiversidade regional, fortalecendo o protagonismo feminino na economia verde. A Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) é uma das instituições que apoiam o projeto, por ser um projeto voltado à inovação e ao desenvolvimento sustentável.
“Acabei de receber o ‘Selo Amazônia Mulher’, e o considero muito importante para nós, mulheres da Amazônia, e principalmente nesse momento de COP, momento que o mundo está olhando para a Amazônia. Nós estamos recebendo esse certificado que, para mim, é um reconhecimento muito importante da nossa cultura, da nossa arte milenar, que é a cerâmica, a cerâmica marajoara do Paracuri”, declarou Rosilene Trindade, uma das certificadas.
Lançado inicialmente durante a 7ª Conferência Estadual de Políticas para Mulheres, o Selo Amazônia Mulher certificou dez empreendedoras em sua primeira edição. Com as entregas na COP30, o número de mulheres reconhecidas pela iniciativa sobe para 25, que representam diferentes regiões do Pará e atuam em cadeias produtivas como biojoias, cosméticos naturais, óleos vegetais, alimentos e artesanato sustentável.
Compromisso - Na solenidade de entrega, o presidente da Fapespa, Marcel Botelho, destacou que o fortalecimento da iniciativa reforça o compromisso do Estado com a equidade de gênero e o incentivo à inovação. “Hoje é em um momento extremamente especial aqui na COP30, pois nós tivemos a satisfação do Selo Amazônia Mulher, um projeto apoiado pelo Governo do Estado, via Fapespa. Foram 15 mulheres certificadas, que tiveram seus negócios reconhecidos com o selo de qualidade. Isso é mostrar que ciência, tecnologia e inovação estão em todos os lugares, e é essencial para a bioconomia, um momento extremamente relevante para a COP30, e desenvolvendo a bioconomia no nosso Estado”, ressaltou.
Participaram da entrega das certificações o presidente Marcel Botelho; a secretária de Estado das Mulheres, Paula Gomes; a reitora interina da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Janae Gonçalves; a idealizadora do projeto, professora da Ufra Thaís Braga, engenheira Ambiental e de Energias Renováveis, e outras pesquisadoras, empreendedoras e instituições parceiras.
Bioeconomia - A iniciativa está alinhada ao Plano Estadual de Bioeconomia (PlanBio) e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), priorizando inovação, competitividade e preservação ambiental. O projeto conta ainda com um site oficial, que reúne informações sobre as empreendedoras certificadas e seus produtos, ampliando a visibilidade e o alcance das marcas lideradas por mulheres na Amazônia.
Com o apoio da Fapespa e de outras instituições parceiras, o Selo Amazônia Mulher se consolida como uma política pública voltada à autonomia econômica das mulheres amazônidas, ao mesmo tempo em que fortalece a bioeconomia como vetor estratégico para o desenvolvimento sustentável do Pará e de toda a região.
Durante a certificação, a idealizadora do projeto, a professora Thaís Braga falou sobre a proposta. "Hoje, certificamos 15 mulheres com o Selo Amazônia Mulher, e seguimos por todo o Pará, reconhecendo as mulheres empreendedoras da Amazônia. Hoje, a gente completou a segunda fase do projeto, que visa certificar mulheres empreendedoras da Amazônia, que trabalham com bioeconomia, sustentabilidade e meio ambiente”, explicou.
Mulheres na Ciência - O Selo integra a Chamada Pública “Fortalecimento de Grupos de Pesquisa Liderados por Mulheres no Pará: Um Avanço na Equidade de Gênero na Ciência”. O certame, realizado em março de 2024, foi direcionado a pesquisadoras líderes de grupos de pesquisa, cadastradas no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e vinculadas a instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) sediadas no Estado, .
O projeto é resultado da Chamada Pública nº 003/2024, desenvolvida em articulação com a Secretaria de Estado das Mulheres (Semu), que contemplou dez projetos de pesquisa, cada um com orçamento de R$ 600 mil, totalizando R$ 6 milhões em investimentos.
Com essa iniciativa, a Fapespa busca contribuir para reduzir as desigualdades de gênero na ciência e tecnologia; fortalecer a capacidade de pesquisa das mulheres, estimular a participação das mulheres em áreas estratégicas para o desenvolvimento do Pará, entre outros objetivos. Os recursos financeiros disponíveis atendem as 12 Regiões de Integração do Pará.
Lista das mulheres certificadas com o Selo:
1- Edivania Maria dos Santos - ARTE AMAZONIDA
2- Maria das Dores Nascimento França - LICIAS ARTESANATOS
3- Katia Lorena Farias Pereira Melo - TERRARTE
4- Lídia Cristina Soares Pires de Assis - CRISTINA ASSIS CROCHÊ
5- Maria do Socorro Oliveira Castro - BIO ARTS
6- Maria Fernanda da Silva Costa - DICOREMFLOR
7- Lucilene Lima dos Santos - ATELIÊ DA LU
8- Fabianne Silva Fonseca - Buiuçu
9- Carolina do Socorro Ferreira Magalhães - Ideassu e Reciclassu
10- Elivane Dos Santos Rabelo - Fibras da Amazônia
11- Maria Rosilene Pereira Trindade - Cerâmica Articoaraci
12- Bernadete Pantoja de Almeida - Artbeka Acessórios em Cerâmica
13- Rayssa Monique Carvalho Moura - Ama
14- Evangelina Farias Pereira Bruneta - V Carpintaria Criativa
15- Michelle Cristina Monteiro de Quadros - Gea - Gestalt Eco Art
