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Ideflor-Bio reforça protagonismo do Pará na COP30 durante lançamento do Projeto ASL Xingu

A iniciativa já garantiu recursos para a implementação de ações estratégicas em unidades de conservação do Ideflor-Bio, como na APA Triunfo do Xingu e na Flota do Iriri

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
14/11/2025 23h03

O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (Ideflor-Bio) participou, nesta sexta-feira (14), do lançamento do Projeto ASL Xingu – Integrando florestas, povos e águas, realizado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) durante a COP30. Representando o presidente do Instituto, Nilson Pinto, o diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação, Ellivelton Carvalho, integrou o ato que apresentou a nova fase do Programa Paisagens Sustentáveis da Amazônia (ASL Brasil), destacando o papel estratégico do Pará na conservação de grandes áreas contínuas de floresta.

Coordenado pelo MMA por meio da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais (SBIO), o ASL Xingu tem execução da Fundação Getulio Vargas (FGV Europe) e parceria direta do Ideflor-Bio, da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), do Serviço Florestal Brasileiro (SFB)e de dez municípios paraenses. 

A iniciativa compõe o Programa Regional ASL, implementado pelo Banco Mundial e financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), que articula países amazônicos para promover a gestão integrada de suas paisagens, fortalecer políticas ambientais e apoiar populações locais em territórios de alta relevância socioambiental.

Durante o lançamento, Ellivelton Carvalho destacou a dimensão das responsabilidades assumidas pelo Ideflor-Bio e os avanços alcançados nas fases anteriores do programa. “O Instituto é responsável por 29 unidades de conservação, totalizando mais de 21 milhões de hectares — o equivalente a 17% do território paraense. Nas etapas ASL1 e ASL2, conseguimos estruturar ações fundamentais para nossas áreas protegidas”, afirmou. Ele ressaltou que conduzir processos dessa magnitude envolve desafios complexos, especialmente considerando a extensão dos territórios sob gestão estadual.

Avanços - Entre os principais resultados conquistados com apoio do Programa, o diretor citou a elaboração e implementação dos planos de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu e da Floresta Estadual (Flota) do Iriri, lançados no ano passado. “Foi por meio do ASL que captamos os recursos necessários para estruturar esses documentos essenciais. Também realizamos a concessão florestal de 200 mil hectares na Flota do Iriri, um marco para a gestão sustentável da região”, explicou. Ele reforçou que o avanço da agenda de ordenamento territorial é decisivo para garantir floresta em pé, geração de renda e atividades de uso sustentável.

Ellivelton também destacou o trabalho de monitoramento de quelônios no Refúgio de Vida Silvestre Tabuleiro do Embaubal, em Senador José Porfírio, no sudoeste paraense, considerado uma das maiores áreas de desova do Brasil e unidade sob responsabilidade do Ideflor-Bio. “O Tabuleiro do Embaubal é o segundo maior tabuleiro do país. Estamos iniciando agora, no começo de dezembro, o processo de soltura dos filhotes monitorados. Já alcançamos médias de 600 mil filhotes na região, um resultado de enorme relevância para a conservação das espécies amazônicas”, afirmou. Segundo ele, o ASL Xingu permitirá expandir essas ações, fortalecendo frentes de proteção da biodiversidade aquática e terrestre.

Por fim, o diretor ressaltou a importância das próximas etapas do programa e reafirmou o compromisso institucional do Ideflor-Bio. “Estamos na fase de complementação de projetos e prospecção de novos produtos para as fases futuras do ASL. Agradecemos toda a implementação realizada até agora e reafirmamos que o Ideflor-Bio permanece de portas abertas para seguir cooperando, fortalecendo parcerias e ampliando iniciativas que beneficiam nossas unidades de conservação e as populações que dependem delas”, concluiu.