Indicações Geográficas do Pará ganham destaque na COP30 e fortalecem produção sustentável
Painel da Sedap discute proteção de saberes tradicionais, conservação ambiental e ampliação de produtos reconhecidos com IG, incluindo farinha de Bragança; queijo do Marajó, entre outros
O painel “Indicações Geográficas: Proteção de saberes tradicionais e desenvolvimento sustentável” foi coordenado, na tarde desta quarta-feira (19), pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), como parte da programação da COP30, na Green Zone. Entre os temas discutidos, destacou-se a promoção da mitigação das mudanças climáticas por meio de sistemas de produção de baixo impacto ambiental.
A primeira apresentação foi da engenheira agrônoma Márcia Tagore, coordenadora do Programa Estadual de Incentivo às Indicações Geográficas (IGs) e Marcas Coletivas da Sedap. Ela informou que o Pará possui atualmente IGs reconhecidas para produtos como a farinha de Bragança; o queijo do Marajó; a amêndoa de cacau de Tomé-Açu e o guaraná da Terra Indígena Andirá-Marau, localizada entre o Pará e o Amazonas.
Segundo Márcia Tagore, o reconhecimento das IGs está diretamente ligado à conservação ambiental. “Muitos dos processos que vivenciamos estão ligados à forma como o ser humano atua junto ao meio ambiente”, afirmou.
Novas IGs em processo
A Sedap também acompanha, em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Secdet), os processos de reconhecimento de novas IGs pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Entre os produtos em análise estão: cacau do Tuerê (Novo Repartimento); cacau da Transamazônica; cacau de Mocajuba; açaí; mel de Pirabas.
Ao todo, a Amazônia Legal já conta com sete produtos reconhecidos com IG e Indicação de Procedência no Pará, além de registros em outros Estados: Amazonas (7), Acre (3), Amapá (2), Rondônia (3), Mato Grosso (1), Roraima (1) e Tocantins (1).
Durante o painel, representantes de IGs já reconhecidas no Pará, como a farinha de Bragança, acompanharam as apresentações e compartilharam experiências.
Márcia Tagore ainda anunciou que, nos dias 11 e 13 do próximo mês, a Sedap coordenará a terceira edição do Seminário Internacional de Indicação Geográfica e Marcas Coletivas (Sigema).
A programação contou com a participação de representantes do Inpi, Sebrae e da prefeitura de Bragança, fortalecendo o diálogo entre governos, produtores e instituições de fomento.
