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'A árvore e o rato' aborda relação homem e natureza no Teatro Waldemar Henrique

Poesia, humor e crítica ambiental compõem a narrativa, levando o público a refletir sobre responsabilidade, cuidado e esperança

Por Aycha Nunes (FCP)
19/11/2025 19h59

O palco do Teatro Experimental Waldemar Henrique, em Belém, recebeu nesta quarta-feira (19) o espetáculo infantil “A árvore e o rato”, que emocionou crianças e adultos ao abordar, de forma lúdica, a importância da preservação ambiental. A programação faz parte da Central da COP, iniciativa do Observatório do Clima que busca aproximar a sociedade das discussões sobre as mudanças climáticas durante a COP30, e conta com o apoio da Fundação Cultural do Pará (FCP).

Cena do espetáculo que encanta o público infantil com a temática ambiental

A peça, protagonizada pelos artistas Rose Tuñas e Breno Viana, trouxe à cena uma narrativa que explora a interdependência entre os elementos da natureza e o impacto das escolhas humanas no planeta.

A história acompanha a convivência entre uma árvore milenar e um rato curioso. Ao longo da trama, os personagens enfrentam desafios provocados pela ação humana, como o desmatamento, a poluição e as mudanças climáticas, conduzindo o público a refletir sobre responsabilidade, cuidado e esperança.

Temas urgentes - Entre os presentes, a terapeuta ocupacional e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Cibele Nascimento, 38 anos, destacou a importância da arte no diálogo com as crianças sobre temas urgentes. “Eu pude integrar meus filhos à programação que está ocorrendo na cidade, porque as crianças não estão alheias a essas discussões, e são discussões que vão impactar o presente e o futuro deles. Quando você alia a cultura, a arte, o teatro, é uma linguagem muito mais acessível para que eles possam compreender. Utilizar a arte como forma de comunicação para a infância é extremamente importante”, afirmou.

Cibele Nascimento com os filhos: 'discussões que vão impactar o presente e o futuro'

As crianças que acompanharam a apresentação reagiram com risos, perguntas e encantamento diante das cenas que mesclaram fantasia e realidade.

Maria Nascimento, 8 anos, disse que aprendeu com a história “que se a gente não preservar a natureza, a gente não vai ter coisas pra comer. No final, os humanos têm que ajudar todos os animais, para o bem de todos”.

Rose Tuñas e Breno Viana reforçaram o propósito educativo do espetáculo. Rose, que interpreta o rato, explicou que “essa ideia surgiu a partir de uma reunião com educadores em torno do livro 'O Rato e a Montanha', do autor Antonio Gramsci. A partir disso, criamos a adaptação da árvore e do rato. Começamos no formato escolar, e agora estamos nesta proposta mais cênica para passar a mensagem dessa questão que estamos vivendo na COP30: meio ambiente e coletividade”.

Breno Viana, a "árvore" da peça, destacou a esperança que a obra busca transmitir.
“Desde o início, só de saber que o espetáculo seria direcionado às crianças, e que poderíamos produzir algo desde a criação de músicas até a produção técnica, já nos incentiva. Isso nos dá esperança de mover uma molécula desse movimento coletivo para elucidar essas crianças e, quem sabe, realmente mexer com o clima, que é o objetivo maior”, disse o ator.

A programação no Teatro Waldemar Henrique prossegue até sexta-feira (21), com atividades gratuitas, incluindo oficinas, apresentações culturais e debates sobre meio ambiente e sustentabilidade.

Texto: Matheus Maciel - Ascom/FCP