Polícia Civil do Pará prende cinco investigados de organização criminosa
Grupo é suspeito de inserir dados falsos nos laudos dos veículos, mediante pagamentos irregulares realizados a vistoriadores credenciados
Equipes da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DRFRVA) da Polícia Civil do Estado do Pará deflagraram, na manhã desta quarta-feira (3), a operação "Sinal Falso" para cumprir cinco mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão nas residências, vinculadas aos investigados, bem como para reprimir os crimes de inserção de dados falsos em sistemas públicos, falsidade ideológica e associação criminosa nos estados do Pará e São Paulo.
A ação policial contou com apoio operacional da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas, da Delegacia de Repressão a Facções Criminosas e da Delegacia de Repressão a Roubo a Bancos e Anti Sequestro, todas vinculadas à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO).
“Conforme foi apurado durante as nossas investigações, diversos veículos novos que estão em outros estados da federação eram transferidos sem a anuência dos proprietários, tudo mediante pagamentos irregulares realizados a vistoriadores credenciados, bem como alinhamento com funcionário de repartição pública. Com a fraude, os vistoriadores inseriam dados falsos a respeito dos carros nos laudos, juntando fotografias angariadas na internet ou concessionárias, sem nunca ter o carro estado na sede da vistoriadora”, contou o delegado Mateus Leão, responsável pela investigação.
Após a coleta dos elementos necessários durante a investigação, a autoridade policial representou ao Poder Judiciário, e teve deferidos os pedidos de prisão preventiva dos suspeitos e de busca e apreensão nas residências deles.
“Como resultado da operação, nós conseguimos prender os cinco investigados pelo crime, bem como apreendemos 10 aparelhos celulares, documentos, computadores e outros objetos que serão periciados e analisados para dar prosseguimento nas investigações. O nosso trabalho investigativo continua para identificar os demais componentes da associação criminosa, bem como apreender os veículos produto de crime”, explicou o delegado Augusto Potiguar, titular da DRCO.
Todos os presos foram conduzidos para a sede da DRCO, onde serão realizados os procedimentos judiciais cabíveis. Eles vão responder por inserção de dados falsos em sistemas públicos, falsidade ideológica e associação criminosa.
