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UM ANO DE SOLUÇÕES

Centro de Inovação e Sustentabilidade da Educação Básica capacita mais de 2 mil estudantes e professores

O espaço foi criado para estimular a criatividade, a cultura digital e a conscientização ambiental na rede pública de ensino do Estado

Por Angélica Corrêa (EGPA)
07/12/2025 08h00

Mais de 2 mil estudantes e professores foram capacitados desde a entrega do primeiro polo do Centro de Inovação e Sustentabilidade da Educação Básica (Ciseb), na Escola Estadual Marechal Cordeiro de Farias, em Belém. O espaço foi entregue pelo Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), há um ano.

Neste período, o Ciseb recebeu centenas de estudantes e educadores em turmas, oficinas e formações, e ainda em palestras, experimentações tecnológicas e atividades voltadas à implementação da sustentabilidade como meio de construção de políticas públicas, juntamente com experiências práticas em temas como programação, robótica, sustentabilidade e criação de projetos.

Projetos com IA - Nas turmas são apresentados problemas para que os estudantes desenvolvam soluções via projetos sustentáveis. Vinicius Macambira, aluno da Escola Albanízia de Oliveira Lima, participa da equipe de Inteligência Artificial, que apresenta dois projetos: “Separação Inteligente do Lixo” e “Fliperama Verde”.

“Com a ajuda da IA fizemos o jogo em uma estrutura do Atari. Eu acredito que inteligência artificial é um assunto muito falado hoje em dia. A ideia de participar de projetos envolvendo o tema é bem atrativa. Aqui, temos um espaço de interação, e por fazer parte desta equipe não significa que eu faça apenas projetos de IA, pois uma turma sempre precisa da outra, e com isso acabamos conhecendo outros projetos”, ressalta o aluno, que conheceu o Centro após uma visita realizada com a turma.

Para Lennon Pereira, professor responsável pela turma, a Inteligência Artificial é um recurso fundamental para estimular soluções inovadoras e sustentáveis, além de fortalecer práticas pedagógicas. Ele explica que o "Fliperama Verde é uma tentativa de retomar a ideia retrô dos anos 80 e 90, gamificando no processo de ensino e aprendizagem, e despertar o interesse para a questão da sustentabilidade com o auxílio de um jogo. Os alunos aprenderam a gerar códigos com o uso da IA e fazer a manutenção”.

Mudança de pensamento - Sobre o projeto “Separação Inteligente do Lixo”, o professor Lennon Pereira informa que a proposta surge a partir do descarte adequado dos detritos em categorias. “O lixo que chega misturado nós iremos colocar em uma esteira inteligente, que faz o reconhecimento e a separação sem o manuseio humano. Existe um engajamento muito grande dos alunos, e essa questão do pensamento sobre o meio ambiente está mudando. Assim, conseguimos impactar não somente os alunos locais, mas também quem acaba conhecendo o projeto”, destaca.

“Tudo começou como um projeto escolar que o nosso professor queria que desenvolvêssemos. Foi então que a diretora entrou em contato com o Ciseb. Aqui, aprendemos sobre o Projeto 'Terrário Fechado', que envolve a criação de um ecossistema autossustentável dentro de um recipiente de vidro totalmente fechado”, conta Marcely Kauanne, aluna da Escola Estadual Professora Anésia e integrante do projeto.

Para Rafael Herdy, diretor de Inovação da Seduc, o balanço realizado neste primeiro ano é positivo, e a expectativa é levar as formações a um número cada vez maior de escolas e fortalecer parcerias que estimulem o uso pedagógico das tecnologias e o desenvolvimento de projetos sustentáveis no Estado.

Parceria internacional - “É um sucesso internacional. Durante um ano, o Centro recebe visitas com muita frequência, de embaixadas como a da França, Dinamarca e Croácia. Vários projetos foram feitos com entidades como a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura). 

Segundo Rafael Herdy, a meta para 2026 é instalar um mini centro de inovação e sustentabilidade em cada nova escola estadual entregue pelo Governo. “Impactam muito no dia a dia do educador as metodologias aplicadas aqui, pois são baseadas nas metodologias ativas, onde o aluno está no centro do processo de aprendizagem, ou seja, esse estudante deixa de receber a informação do professor, sendo estimulado a produzir desde o primeiro momento”, reitera o diretor, ao se referir à técnica de aprendizagem aplicada a professores e alunos.