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SAÚDE MENTAL

Clínica Psiquiátrica transforma campo de futebol do HC em espaço de acolhimento

Em Belém, a ação promovida pela equipe multiprofissional incentiva a expressão emocional, a criatividade e fortalece os laços afetivos

Por Lucila Pereira (HC)
10/12/2025 09h52
Pacientes curtiram as atividades terapêuticas e aproveitaram para expressar ideias e sentimentos

Pacientes da Clínica Psiquiátrica do Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), em Belém, referência estadual em saúde mental, participaram de uma atividade especial de pintura realizada na parede do campo de futebol da instituição. A ação, voltada aos pacientes da área de psiquiatria, buscou fortalecer o cuidado humanizado e proporcionar um momento de liberdade, criatividade e bem-estar durante o período de internação.

Organizada pela equipe multiprofissional, composta por profissionais de Educação Física, Terapia Ocupacional e Fisioterapia, a atividade integrou as práticas terapêuticas desenvolvidas no setor. Utilizando tintas, pincéis e rolos, os pacientes foram convidados a expressar sentimentos, ideias e emoções diretamente na parede do espaço terapêutico de lazer, resultando em um mural coletivo que simboliza diversidade, força e acolhimento.

Segundo Rômulo dos Santos, educador físico e responsável pela condução da atividade ao lado da equipe, a proposta cumpre um papel fundamental no cuidado em saúde mental. “A proposta integrou objetivos terapêuticos importantes para a promoção da saúde mental, proporcionando aos participantes estimulação da expressão emocional por meio da arte; fortalecimento do senso de pertencimento; desenvolvimento de habilidades socioemocionais; promoção da autonomia e da autoestima; e redução da ansiedade e da tensão”, explicou.

Rômulo explicou que esses elementos aparecem de forma concreta quando os pacientes se engajam em um trabalho coletivo como o mural. “Quando eles percebem que podem transformar o espaço em que convivem todos os dias, isso gera envolvimento, cooperação e um sentimento real de participação no próprio processo de cuidado”, complementou.

A atividade contou com a participação de oito pacientes, que interagiram de maneiras diversas com o ambiente e com o grupo, deixando suas marcas simbólicas na parede e vivenciando um momento significativo de integração. Um dos participantes, que já havia trabalhado com pintura, contribuiu compartilhando conhecimentos sobre cores, desenhos e organização do espaço, enriquecendo o processo criativo coletivo.

O clima geral foi de entusiasmo, colaboração e leveza, favorecendo vínculos entre pacientes e profissionais e contribuindo para a redução da ansiedade, melhoria do bem-estar e fortalecimento da autoestima dos envolvidos.

Texto de Jonas Silva, estagiário / Ascom HC