Residentes do Programa Multiprofissional da Santa Casa apresentam trabalhos em 'Jornada'
A XIII jornada de defesa da turma 2024-26 fortalece a trajetória de formação da instituição e qualifica profissionais para o atendimento de pacientes
A XIII jornada de defesa dos profissionais da residência multiprofissional prossegue até a próxima sexta-feira (12), no auditório da Fundação da Santa Casa, em Belém. Uma uma das instituições de saúde mais antigas do Brasil, fundada em 24 de fevereiro de 1650, a Fundação é pioneira na assistência à saúde na Amazônia, e reconhecida por sua contribuição na formação acadêmica de gerações de universitários e especialistas residentes.
Ao longo dos anos, a Fundação Santa Casa tem sido fundamental para a formação de profissionais na área de Saúde. Além de ser um hospital é uma escola que aprimora profissionais para o mercado de trabalho. Erica Cavalcante, diretora de Ensino Pesquisa e Extensão (DEPE), destaca que o ensino e a pesquisa são pilares fundamentais para o desenvolvimento de um hospital, pois contribuem de maneira significativa para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde, inovação nos tratamentos e aperfeiçoamento contínuo dos profissionais.
“O ensino e a pesquisa fazem parte da missão da nossa instituição, que é cuidar das pessoas gerando conhecimento. Temos tido grande apoio da atual gestão da Santa Casa, bem como do Governo do Estado para o avanço do ensino e da pesquisa na instituição”. Erica Cavalcante destaca que hospitais que possuem programas de ensino e pesquisa tendem a atrair profissionais altamente qualificados e interessados no desenvolvimento acadêmico. “Esses ambientes promovem a capacitação continuada, tornando a equipe mais bem preparada para lidar com as diversas complexidades dos casos clínicos”, enfatiza Erica Cavalcante.
Qualificação no Ensino - Para Aureni de Araújo, coordenadora do programa de residência multiprofissional da Fundação Santa Casa, os preceptores são os pilares da residência multiprofissional em saúde da instituição. “Sem eles nossos residentes não teriam todas as ferramentas do conhecimento necessárias à construção de seus perfis profissionais”.
“Os preceptores das diversas categorias, como nutrição, fisioterapia, farmácia, enfermagem, serviço social, psicologia e terapia ocupacional, são os responsáveis pelos ensinamentos teóricos e práticos nos eixos do aprendizado. Competências e desenvolvimento das habilidades para um residente egresso comprometido com o paciente e com profissionalismo da residência multiprofissional na Atenção à Saúde da mulher e da criança”. Destaca Aureni.
Cinthia Menezes da Silveira, farmacêutica, doutora e preceptora da residência multiprofissional, foi orientadora de Jackeline Gonçalves, que apresentou seu trabalho de conclusão de residência com a temática: “Farmácia Clínica em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica: Tecnologias baseadas no FASTHUG- MAIDENS”. A Professora Cinthia destaca que a Santa Casa é referência como hospital de ensino, pesquisa e extensão. E a residência multiprofissional é uma modalidade de formação em serviço. “Uma especialização lato senso, com uma carga horária prática significativa, em que os profissionais saem daqui aptos para exercer sua função no mercado de trabalho”.
“E, iniciamos a defesa dos trabalhos de conclusão dos residentes que apresentam a produção de diversos produtos tecnológicos, como exemplo o que foi realizado pela Jaqueline, para o serviço de farmácia clínica do hospital, onde ela mostrou a importância do papel do farmacêutico dentro da equipe multiprofissional na UTI pediátrica. Gerando produtos como um guia farmacoterapêutico para acompanhamento desses pacientes pediátricos dentro de uma UTI, que são pacientes de alta criticidade, e na sua apresentação ela demonstrou de forma segura e precisa o que essa formação contribuiu para ela como profissional”. Destaca Cinthia.
A enfermeira Sandra Barbosa, da coordenação da UTI pediátrica, e uma das participantes da banca de avaliação, destaca que a residência é uma plenitude da faculdade, onde o profissional pode realmente desenvolver um trabalho dentro da instituição, que é um hospital escola. “O residente, quando realmente busca fazer o seu trabalho de conclusão, ele está buscando estabelecer uma inovação. E a inovação não só para ficar para ele, mas para ir além, expandindo para a nossa área assistencial. E aí eu acho que isso para o residente é, na verdade, gratificante porque ele, dentro da Santa Casa, contribui e, ao mesmo tempo, ganha experiência”.
Para a médica Mary Lucy Maia, gerente da UTI pediátrica, a participação da farmácia na UTI, como integrante da equipe multidisciplinar, corrobora na segurança ao paciente em todas as unidades, principalmente nas unidades de pacientes críticos. “E aí entende-se que um protocolo que traga a visão do farmacêutico para ajustes de medicamentos e de cuidados e inclusive de diagnósticos como no caso de delírio e ou abstinência é de extrema importância para a conclusão favorável do plano terapêutico de todos os pacientes. E, acredito que a formação do farmacêutico com o olhar na individualização do paciente e seu diagnóstico é extremamente favorável e importante para a melhoria de processo e de cuidados”.
Ana Karina Costa, enfermeira da cidade de Tucuruí, sudeste do estado, é uma das residentes da Santa Casa que defendeu seu trabalho sobre: “Diabetes Gestacional e Síndromes Hipertensivas na Gestação: Uma Contribuição para as Grávidas do Pré-Natal de Alto Risco -PNAR”. “Essa defesa é muito importante principalmente porque foi através de uma experiência de dois anos aqui na Santa Casa, que eu estou encerrando, em que tive o contato direto com a assistência e com os pacientes. E, a partir daí, procurei detectar algum problema e com isso eu criei um produto levando em conta uma experiência que eu não tenho no interior do Pará”.
“Essa experiência aqui na Santa Casa trouxe para mim um referencial do perfil do público que estou trabalhando, que é no PNAR (Pré-Natal de Alto Risco), que é prevalente na minha cidade. E esse risco tem relevância na criação desse produto, que é um guia educacional para diabéticas e hipertensas na gestação. E a defesa não é só um ensaiamento de etapa, mas também é a conclusão de um legado para as gestantes atendidas em ambulatório”. Pontua Ana Costa.
Heliana Nunes, enfermeira, professora e orientadora da residência multiprofissional, destaca que a residência é um momento acadêmico, de construção, de conhecimento e de partilha. “São pesquisas feitas aqui dentro do hospital, baseado na nossa realidade, baseado em dados estatísticos. A partir da conclusão dessa residência é lançado um produto. Então esse produto é originário daqui, do nosso hospital, baseado nas coisas que ocorrem aqui dentro”.
“Esse produto é o reflexo da nossa realidade. Em que tem muito a contribuir para a instituição, para o ensino, para pesquisa e para assistência. E com isso é dado também um retorno para a sociedade, atendida em nossos ambulatórios, para a Santa Casa, até para captar os frutos dessa pesquisa, que atravessa fronteiras.” Enfatiza a professora Heliana.
Confira a XIII jornada de defesa dos profissionais da residência multiprofissional, até esta sexta-feira (12):
Adriele Pereira - Avaliação das Ocupações de Gestante de Alto Risco em um Hospital de Referência Materno-Infantil; Jackeline Gonçalves - Farmácia Clínica em Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica: Tecnologias baseadas no FASTHUG- MAIDENS; Jorgnelma Silva - Letramento em saúde como Desafio no Seguimento Pós Doença Trofoblástica Gestacional: Construção de uma Tecnologia Informativa; Ana Karina Costa - Diabetes Gestacional e Síndromes Hipertensivas na Gestação: Uma Contribuição para as Grávidas do Pré-Natal de Alto Risco (PNAR); Jamilly de Sousa - Conhecimentos e Dúvidas de Mulheres em Pré e Pós Operatório de Cirurgia Ginecológica: Proposta de Tecnologia Educacional como Estratégia de Cuidado de Enfermagem; Camila Bezerra - Ferramenta de Qualidade: Comunicação Efetiva em um Hospital Materno-Infantil na Região Amazônica; Andressa Magalhães - Tecnologia Educacional em Saúde para Mães Doadoras de Leite Humano: Construção de Um Guia Ilustrativo sobre Paramentação; Thaise Maciel - Boas Práticas de Oxigenoterapia em Neonatologia: Uma Revisão Sistemática; Ana da Costa - Do Nascimento à Perda: Análise dos atendimentos psicológicos em casos de morte neonatal em um hospital de referência materno-infantil do Estado do Pará; Bruna da Silva - Construção de Tecnologia Educacional Para o Recém Nascido a Termo Exposto ao HIV; Maria Eduarda Cardoso - Escuta Qualificada no Atendimento de Pré-Triagem às Urgências Obstétricas: Uma Proposta de Educação Permanente; Thamires do Nascimento - Desenvolvimento de uma Tecnologia Educacional Para Promoção do Vínculo Mãe-Bebê Prematuro em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal na Amazônia; Guilherme Pinheiro - Luto Perinatal: Relato de Mães Sobre Suas Experiências com as Mortes Precoce de Seus Filhos e Seus Efeitos Sobre uma Nova Gestação; Kaliane de Souza - “Meninas Mães”? O Direito ao Aborto Legal às Vítimas de Estupro de Vulnerável Atendidas em um Hospital Público no Pará; Victor Meireles - Tecnologia Cuidativo-Educacional Para Farmacêuticos no Manejo da Profilaxia de Tromboembolismo Venoso em Gestantes e Puérperas; Ana Paula Franco - Construção de Ficha Fisioterapêutica Avaliativa para Admissão na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatal Convencional (UCINCo).
