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Legado da COP30 para Belém, Museu das Amazônias celebra marca de 100 mil visitantes em dois meses de funcionamento

Espaço se consolida como novo ponto turístico de Belém e referência em experiência museal de terceira geração

Por Amanda Engelke (SECULT)
13/12/2025 14h42

O Museu das Amazônias alcançou a marca de 100 mil visitantes em apenas dois meses desde sua abertura, em 4 de outubro de 2025. O marco foi atingido nesta sexta-feira (12). O volume expressivo de público confirma o espaço como um dos novos polos culturais mais relevantes da capital paraense, transformando a forma como a população se relaciona com museus e ambientes culturais ao oferecer uma experiência mais imersiva, sensorial e conectada às vivências do território.

A visitante de número 100 mil foi a pequena Júlia Macedo Pompeu, de sete anos, moradora de Paragominas (PA), que esteve no Museu das Amazônias acompanhada dos pais, Leda e Genilson, durante as férias em Belém. “Eu achei tudo lindo. Quando a minha mãe disse que a gente visitaria o museu, eu já fiquei imaginando como ele seria e escrevi tudo no meu diário de férias”, conta Júlia, que durante toda a visita não largou o caderno em que registra as experiências vividas na capital paraense. 

O recorde de visitação em um único dia foi registrado em 14 de novembro, quando mais de 4,4 mil pessoas passaram pelo espaço. Concebido dentro dos princípios dos museus de terceira geração, o Museu das Amazônias vai além da preservação de acervos e das exposições tradicionais. O modelo coloca o público no centro da experiência, valoriza a interação e integra múltiplas linguagens para promover reflexão, participação e construção coletiva do conhecimento.

Julia Pompeu, visitante 100 mil do Museu das Amazônias, ao lado dos pais.

Em apenas dois meses de funcionamento, o expressivo número de visitantes reforça o interesse crescente pelo espaço e sua consolidação como um dos principais atrativos da cidade. Reconhecido como legado permanente da COP30 para Belém, o Museu das Amazônias já se firmou como um novo cartão-postal, fortalecendo o turismo, a educação ambiental e a difusão dos saberes amazônicos, como destaca a secretária de Estado de Cultura, Ursula Vidal.

“Essa marca é extraordinária e consolida Belém como uma cidade culturalmente vibrante, uma capital que convida o mundo a viver a experiência da Amazônia em espaços que vão além da memória e do patrimônio. O Museu das Amazônias é um museu de ciência, educação, imersão e provocação para reflexões profundas sobre o papel da Amazônia na crise climática e sobre as soluções que temos a oferecer. Isso demonstra que estamos no caminho certo, fortalecendo nossa política cultural e o fomento à abertura de novos espaços”, destacou a secretária.

Centro vivo de conhecimento

Pensado como um centro vivo de conhecimento, o Museu das Amazônias integra ciência, cultura, tecnologia, arte e ancestralidade. Seu projeto curatorial nasceu de uma construção coletiva com pesquisadores, mestres de saberes tradicionais, artistas e comunidades amazônicas, resultando em um espaço que celebra as múltiplas Amazônias, suas cosmologias, territórios, desafios e potências. O museu propõe narrativas que vão além da exposição de acervos, estimulando experiências interativas e diálogos sobre meio ambiente, futuro climático e formas de viver e preservar a floresta. O espaço é operado pelo Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG).

“Alcançar a marca de 100 mil visitantes em tão pouco tempo demonstra a força simbólica e afetiva que o Museu das Amazônias já conquistou. Mais do que um espaço expositivo, somos um lugar de encontro, diálogo e reconhecimento das múltiplas Amazônias. Ver o público paraense e visitantes de outras regiões ocupando o museu, aprendendo e se conectando com nossas narrativas confirma que estamos no caminho certo”, afirma o diretor-geral do IDG, Ricardo Piquet.

Exposições em cartaz

Entre as atrações, o público pode conferir a exposição Amazônia, do fotógrafo Sebastião Salgado, que reúne cerca de 200 fotografias em preto e branco, resultado de sete anos de expedições pelo bioma amazônico. Já a mostra "Ajurí" apresenta instalações de artistas da região Norte e de outras partes do Brasil, com diferentes linguagens, como vídeo, fotografia, escultura e experiências imersivas, expressando as múltiplas Amazônias em suas dimensões culturais, sociais e ambientais. As exposições promovem uma imersão sensorial e reflexiva sobre a floresta, seus povos e suas belezas, articulando arte, memória, ciência e tecnologias amazônicas.

Funcionamento

O Museu das Amazônias está localizado no Complexo Porto Futuro, em Belém, e funciona de terça a domingo, das 9h às 18h, com a última entrada às 17h. O acesso é gratuito até fevereiro de 2026, reforçando o compromisso do espaço com a democratização do acesso ao conhecimento e à cultura.

Texto: Fabrício Lopes