Forma Pará conclui as últimas turmas do ano 2025 e ultrapassa os mil formados
Iniciativa ampliou o acesso ao ensino superior público no Estado, fortalecendo o desenvolvimento socioeconômico dos municípios paraenses
O Programa Forma Pará, iniciativa do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), finaliza o ano de 2025 reafirmando seu papel como a maior política estadual de universalização da educação superior no Pará. Desde a sua criação, a iniciativa já formou 1.167 profissionais, ampliando o acesso ao ensino superior público e fortalecendo o desenvolvimento socioeconômico dos municípios paraenses. Somente no mês de dezembro, com a conclusão de novas turmas, 99 alunos colaram grau nos municípios de Bagre, Baião e Santarém.
As solenidades ocorreram entre os dias 9 e 18 de dezembro, com a outorga de grau dos cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas, Engenharia de Software e Gastronomia.
Para Fernando Queiroz, titular da Coordenadoria de Educação Superior (Coeds) da Sectet, as formaturas traduzem o impacto concreto da iniciativa. “Formar turmas simultaneamente em municípios distintos demonstra, na prática, o compromisso do Governo do Estado com todo o Pará, levando educação superior pública a locais historicamente distantes das universidades”, destacou.
No dia 9, em Bagre, 37 novos licenciados em Ciências Biológicas, da turma de 2022, concluíram a graduação. Já na quarta-feira (15), o município de Baião celebrou a formação de 36 engenheiros de software, também da turma de 2022. Encerrando o calendário acadêmico de 2025, na quinta-feira (18), 26 alunos do curso de Gastronomia, da turma de 2023, colaram grau em Santarém.
O recém-graduado em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas, Jobson Viana Pinheiro, de Bagre, relatou a transformação proporcionada pelo programa. “Por meio do Forma Pará, a educação chegou a lugares onde se pensava que nunca chegaria. Hoje, a graduação deixou de ser uma utopia. Eu, ribeirinho e de família pobre, consegui me formar no meu município de origem”, enfatizou.
Maior programa estadual de universalização da educação superior
O Forma Pará é um programa inovador, caracterizado pela articulação entre o Governo do Pará, as Instituições Públicas de Ensino Superior (IES) e as prefeituras municipais, sob coordenação da Sectet.
De acordo com o titular da Sectet, Victor Dias, o Forma Pará foi pensado como uma política pública estruturante de apoio à formação dos paraenses. “A cada nova turma formada, o programa entrega profissionais qualificados aos municípios, fortalecendo as economias locais e ampliando as oportunidades de desenvolvimento. Ao alcançar os 144 municípios do Estado, o Forma Pará reafirma seu compromisso com a democratização do acesso à educação superior e com a transformação da realidade das regiões paraenses por meio da educação”, ressaltou.
O programa tem como objetivo expandir a oferta de cursos de graduação (bacharelado, licenciatura e tecnológico) nos municípios, alinhando a formação acadêmica às demandas locais e regionais por mão de obra qualificada.
Para isso, conta com o apoio da Universidade do Estado do Pará (Uepa), Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufop), Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e do Instituto Federal do Pará (IFPA), além das prefeituras municipais, fortalecendo uma atuação integrada voltada à ampliação do acesso à educação superior e à formação de novos profissionais nos municípios paraenses.
Desde sua criação, foram lançados mais de 35 editais do Processo Seletivo (Prosel), com a oferta de mais de 9 mil vagas, distribuídas em 59 cursos diferentes, organizados em 202 turmas, contemplando as 12 Regiões de Integração do Estado.
Atualmente, das 202 turmas ofertadas, 32 já foram concluídas, abrangendo cursos estratégicos como Administração, Serviço Social, História, Educação Física, Enfermagem, Direito, Engenharia Civil, Gastronomia, Ciências Biológicas, Engenharia de Software, entre outros, distribuídos em municípios de diferentes regiões do Estado.
Texto: Aurea Ribeiro, estagiária, sob supervisão de Bruna Ribeiro
