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Profissionais debatem os tipos de câncer mais comuns no homem e na mulher

Por Redação - Agência PA (SECOM)
11/03/2015 21h12

No segundo dia de programação do 2º Encontro Amazônico de Prevenção do Câncer, no hotel Beira Rio, em Belém, foi realizado o painel “Controle dos cânceres mais prevalentes na mulher e no homem”, coordenado pelo clínico geral Helio Franco. A palestra foi dividida entre as três maiores incidências no Estado: HPV e câncer de colo de útero, câncer de mama e câncer de próstata.

O evento tem como objetivo discutir propostas éticas e atualizadas da atenção na oncologia. Segundo Helio Franco, a rede paraense de controle do câncer, criada em 2006, trabalha duas questões: a prevenção do câncer, com ênfase nos fatores de risco, e a questão do diagnóstico precoce. De acordo com o médico, o câncer é a segunda maior causa de mortes no Pará, e também no Brasil - sendo responsável por mais de 10% dos óbitos.

Na palestra foi mostrado que o câncer de colo de útero é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST). “Se houver sexo com camisinha, não se pega e nem se passa. Mas esse câncer ainda é um dos que causam mais mortes em mulheres no Pará. Para o combate, estamos com o processo da vacina contra o HPV. É preciso incentivar os pais e as crianças de 09 a 11 anos, que precisam ser vacinadas com três doses para ficarem imunes”, acrescentou Helio Franco.

Outro câncer mais prevalente na mulher é o de mama. Os índices da doença começam a ultrapassar o câncer de colo de útero no Estado. “Não há prevenção para o câncer de mama, mas o diagnóstico precoce ajuda a chance de cura. Daí a importância da mamografia e da avaliação clínica ginecológica e mastológica”, explicou o palestrante.

O prevalente nos homens é o câncer de próstata, que também precisa ser diagnosticado precocemente com o exame físico, o toque retal, e a ultrassonografia.

A mastologista Franciane Rocha mostrou em sua palestra os principais fatores para desenvolver o câncer, e citou o tabagismo, o sedentarismo e o alcoolismo. “A mulher precisa aprender a detectar o câncer de mama no toque, e não confundir com dor muscular. Outra forma de detectar é ver a saída de líquido nos seios. Não se deve confundir com a saída de líquido proposital. Deve-se desconfiar daquele líquido espontâneo. Por exemplo, quando a mulher acorda e a blusa está suja”, informou.

Rede - O Pará dispõe de três instituições que atendem a pacientes com câncer: Hospital Ophir Loyola, Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) no Hospital Universitário João de Barros Barreto e o Hospital Regional do Baixo Amazonas.

“No último dia 10 foi comemorado o Dia Estadual de Combate ao Câncer. Com o apoio da data, a Rede de atendimento ao câncer estimulou todos os municípios a criarem o seu dia municipal, para que uma vez ao ano se faça algum tipo de atividade voltada à prevenção, ao diagnóstico precoce e à desmistificação da doença”, disse Helio Franco.

O evento prossegue até amanhã (12), das 8 às 17 h, com a troca de informações e experiências entre profissionais da área, por meio de debates, ciclo de palestras, painéis e conferências sobre temas atuais.