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Cacau e Chocolate do Pará são destaques no Chocolat Salvador

O evento conta com a participação de 15 produtores apoiados pela Sedap e com financiamento dos recursos do Funcacau

Por Rose Barbosa (SEDAP)
15/03/2024 15h53

O cacau e o chocolate produzidos no Pará são destaques no Festival Internacional que está sendo realizado até este domingo (17), em Salvador, na Bahia. Um dos mais importantes do segmento na América Latina, o Chocolat Salvador abre a temporada de programações nacionais e internacionais para divulgar o chocolate e outros derivados oriundos do cacau de origem.  A solenidade de abertura oficial do festival foi realizada na noite da última quita-feira (14) , no Centro de Convenções de Salvador.

Do Pará participam 15 produtores de diferentes regiões de integração além de servidores do Programa de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva da Cacauicultura no Estado do Pará (Procacau) da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap). A comitiva conta, também, com a participação de um representante da Comissão Executiva do Plano  da Lavoura Cacaueira (Ceplac). Pela Sedap, participam os engenheiros agrônomos Ivaldo Santana e Michele Santos.

Indígena e produtora de cacau, Katyana Xipaya, integra a comitiva do Pará

Entre os participantes está a indígena Katyana Xipaya, de 36 anos. Ela é produtora agrícola e dona da marca de chocolate Sidjä Wahiü, que significa mulher guerreira na língua indígena. Para a produtora, que é líder da comunidade Ribeirinha de Jericoá 2, na região da Volta Grande do Xingu. Ela ressaltou que o festival tem uma grande relevância. Informou que o produto que representa foi lançado no festival de Altamira ano passado e foi através do evento que o seu produto ganhou ampla visibilidade.

"Esse festival é muito importante. Faz com que nossos produtos cheguem ao olhar da sociedade com mais valorização. É a valorização de todos os produtos da agrofloresta.Faz com que a gente possa ter nosso empoderedamento".

Vitrine - O espaço paraense “Cacau do Pará, Sabor da Amazônia”, conforme informou Ivaldo Santana, coordenador do Procacau, tem sido um dos mais visitados pelo público, que  é recepcionado por uma representante indígena do município de Altamira, na Região de Integração do Xingu.

Com uma diversidade de sabor e de produtos – que vão desde o formato tablete, compotas, trufas, geléia de cacau e nibs, entre outros - o estande conta com a marca do Governo do Estado.

Para o coordenador do Procacau, a participação dos produtores em eventos semelhantes é muito importante, pois divulga o cacau do Pará para todo o Brasil e para o mundo. "A amêndoa produzida nas regiões cacaueiras, como a Transamazônica, por exemplo, é exposta e se torna bastante conhecida, a gente espera que os nossos produtores não apenas comercializem o que eles apresentam na programação, como também fechem futuros negócios e em todos os eventos em que levamos os nossos produtores, estão sendo gerados bons negócios", avalia Santana.

O festival, segundo avaliou Vitor Azevedo, representante da Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopeatrans) e da marca Cacaway, é uma grande vitrine para os produtos amazônicos e uma iniciativa de fomento aos produtos de origem. "Esse tesouro que são os sabores amazônicos, essa é uma iniciativa, um projeto muito importante nesse sentido de conseguir trazer visibilidade e mostrar o que a Amazônia tem de melhor. Eu acredito que a importância desse festival se dá justamente por essa visibilidade e são essas iniciativas que todos os produtores da Amazônia precisam para conseguir alcançar cada vez mais mercados", comentou Azevedo.

Uma das ações trabalhadas pela Sedap para trabalhar cada vez mais a qualidade do cacau paraense é o projeto de internacionalização do produto. A exemplo da participação no Chocolat Salvador, que é financiada com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cacauciltura do Estado do Pará (Funcacau), a ação estimula a participação dos produtores em diversas outras programações.

Além de Salvador, está prevista a participação dos produtores do Pará em programações como o Chocolat Xingu, em Altamira, no mês de junho; no de Ilhéus (Bahia) em julho; o de Belém, em setembro; o Origem Week na Bélgica (5 a 8 de setembro); o Chocolat Portugal (24 a 27 de outubro); e no Salão do Chocolate de Paris e o Brasil Origem Week, na França (30 de outubro e 3 de novembro).