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Ophir Loyola abraça campanha ‘Março Azul’, que alerta para o câncer de intestino

Neoplasia da região colorretal abrange tumores surgidos na extremidade inferior do trato digestivo; doença oncológica é uma das mais comum entre os brasileiros

Por Ellyson Ramos (HOL)
28/03/2024 14h57

Por vezes silencioso em estágios iniciais, o câncer de intestino afeta milhões de pessoas no mundo e pode ser fatal, quando não diagnosticado precocemente. No Brasil, dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que a neoplasia é uma das mais comuns entre os brasileiros, e deve superar a marca de 45 mil casos no triênio 2023-2025. Especialistas do Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém, reiteram a campanha ‘Março Azul’, que conscientiza sobre a prevenção da doença, que compreende tumores localizados no cólon e reto.

Para a chefe do Serviço de Endoscopia e Broncoscopia do HOL, a médica endoscopista e gastroenterologista Danieli Batista, a campanha reforça a necessidade de incentivar a busca da população por cuidados médicos preventivos. “A campanha conscientiza sobre fatores de risco, prevenção e tratamento do câncer no intestino, também conhecido como câncer colorretal. Esse é o segundo tumor mais frequente entre homens e mulheres e o terceiro que causa mais óbitos no Brasil, por isso, é preciso ficarmos em alerta”, afirmou a médica.

Conforme a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (Sobed), a ausência de sintomas perceptíveis no período de surgimento da doença ainda é um dos maiores desafios para o diagnóstico. Isso porque os pacientes costumam relatar mudança nos hábitos intestinais (com diarreia e/ou prisão de ventre persistente), cólicas, dor na região anal, sangue nas fezes ou ter a sensação de intestino cheio mesmo após evacuação, quando as lesões já se tornaram cancerosas e a doença encontra-se em estágio mais avançado.

A médica endoscopista e gastroenterologista Danieli Batista, chefe do Serviço de Endoscopia e Broncoscopia do HOL.“Pessoas a partir dos 45 anos precisam buscar orientação médica para realizar exames como a colonoscopia (exame endoscópico que permite a avaliação do intestino) e a pesquisa de sangue oculto (conhecido como Teste FIT, que aponta a presença de sangue nas fezes). Esses exames identificam lesões precoces, mas é preciso também ficar atento aos principais sintomas: perda de peso, presença de sangramento nas fezes, alteração do hábito intestinal, anemia, dor abdominal, falta de apetite e sensação de massa abdominal”, reitera Danieli Batista.

Além desses sintomas, é importante atentar para fatores de risco, como o histórico familiar de câncer colorretal, sedentarismo e idade avançada. Algumas condições médicas, como doença inflamatória intestinal, também aumentam a probabilidade de desenvolvimento do câncer colorretal.

Ainda segundo a especialista em endoscopia digestiva, o câncer de intestino requer atenção e ação no que diz respeito às mudanças no estilo de vida. “Tão importante quanto o diagnóstico precoce é a prevenção com a melhora dos hábitos. Não fume, evite o consumo de bebida alcoólica e reduza o consumo de alimentos gordurosos, processados e carne vermelha. Consuma mais fibras, pratique atividade física regular e controle o peso. O câncer de intestino pode ser prevenido e quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura”, finalizou.

Tratamento - A escolha da conduta terapêutica considera a localização do tumor e o estágio da doença. A depender do caso, a equipe médica pode optar pelo tratamento endoscópico, cirúrgico, quimioterápico e/ou radioterápico. E mesmo após a cura, a Sobed recomenda o monitoramento com consultas e exames regulares para identificar precocemente possíveis recidivas.