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Segup promove capacitação do Pró-Mulher Pará para servidores da rede de atendimento de Ananindeua

Curso focou no atendimento humanizado às vítimas de violência doméstica

Por Roberta Meireles (SEGUP)
28/03/2024 17h27

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado (Segup), por meio da Diretoria de Políticas de Segurança Pública e Prevenção Social (DPS), qualificou nesta quinta-feira, 28, um total de 27 servidores do município de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, que integram o atendimento do Programa Pró-Mulher Pará. A capacitação foi ministrada no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), em Belém, e foi destinada a servidores da Guarda Municipal de Ananindeua (GCMA), Polícia Militar, Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Prefeitura de Ananindeua e Secretaria da Mulher. 

Criado há dois anos, o Programa visa fortalecer a rede de enfrentamento, apoio, orientação e assistência a mulheres vítimas de violência doméstica no Estado, assim como a repressão aos agressores. 

Ualame Machado, titular da Segup, ressalta que a ampliação da rede de atendimento, juntamente com a parceria institucional com órgãos de segurança municipais, demonstra o compromisso no combate à violência doméstica. "Até o final do ano, o Pró-Mulher deve contemplar 25 municípios paraenses. As capacitações ministradas são uma forma de trazer uma qualificação humanizada para quem está prestando serviço às vítimas atendidas. O foco, além de capacitar os agentes, é garantir o acolhimento e garantir reduções nos índices em todo o Estado", disse o Secretário. 

Ampliação - O curso teve o foco na atualização da rede de profissionais que atendem a população de Ananindeua, que pretende aumentar o número de equipes atuando no serviço. 

No início do mês, a Polícia Militar também passou a realizar os atendimentos no município, feito anteriormente somente pela Guarda Municipal. 

Para o Diretor da DPS, coronel Marcus Castro Alves, reforçar a rede de atendimento é um processo constante e necessário, pois a violência doméstica é um problema social generalizado e afeta mulheres de todas as idades, origens étnicas, religiões e classes sociais. "A qualificação visa também mudar a cultura institucional e promover uma abordagem centrada na vítima, livre de preconceitos e discriminação. A qualificação dos servidores no enfrentamento à violência contra a mulher é um processo contínuo, que requer investimento, colaboração e comprometimento de todas as partes envolvidas, objetivando criar um ambiente seguro e livre de violência", ressaltou. 

O Programa Pró-Mulher Pará foi inicialmente implantando na Região Metropolitana de Belém. Atualmente, a rede de atendimento está presente nos municípios de Abaetetuba, Ananindeua, Altamira, Barcarena, Belém, Bragança, Castanhal, Dom Eliseu, Marituba, Marabá, Distrito de Mosqueiro, Paragominas, Salinópolis, Santarém, Tailândia e Tucuruí. Soure, na ilha do Marajó, Xinguara e Redenção passaram pela etapa de capacitação — que ocorre antes dos atendimentos serem efetivados — durante o mês de março. 

Para Kátia Maravilha, assistente social da Casa da Mulher Brasileira que participou da atualização, o curso também foi uma forma de refletir nas abordagens feitas no Programa para de adequar às especificidades do município. "A qualificação é de suma importância para que essa rede de serviços se solidifique. A gente percebe, dentro dos dados estáticos apresentados, que a falta de informação que permite que a mulher tenha o poder de denúncia, ainda se encontra enfraquecida. Também percebemos que as informações sobre o serviço de atendimento ainda não chega para todas as classes sociais dentro do município", disse. A assistente social também pontuou que a parceria interinstitucional é uma das formas de fortalecer a rede de apoio.

Sub-Inspetora Guimarães, da Guarda Municipal de Ananindeua, explica que o curso realizado contou com agentes que já atuavam no Pró-Mulher Pará e novos integrantes. Para ela, a preparação prévia dos agentes é essencial durante o atendimento. "Ajuda na atuação, na qualificação do nosso serviço e na qualidade da execução do nosso serviço em atendimento às mulheres", conclui.

Assistente social alocada no CREAS de Ananindeua, Rafaela Luz também ressalta que o curso é uma forma de dar uma perspectiva ampla para todas as áreas envolvidas na prestação do serviço. "Além do fortalecimento, é uma forma do operacional conhecer a rede de proteção e a rede proteção conhecer o trabalho do operacional. Dessa forma, nosso trabalho é fortalecido em prol das mulheres e da comunidade no geral", finalizou. 

Texto: Esther Pinheiro (Ascom/Segup)