Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
SAÚDE

CIIR celebra Dia da Voz com oferta de serviços especializados aos usuários

Em Belém, Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR) disponibiliza terapias e consultas médicas em fonoaudiologia e otorrinolaringologia

Por Pallmer Barros (CIIR)
16/04/2024 08h25

O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, lembra, nesta terça-feira (16), o “Dia Mundial da Voz”, data celebrada diariamente por serviços de saúde pública com terapias e consultas médicas nas especialidades em fonoaudiologia e otorrinolaringologia, respectivamente, que juntas, potencializam a reabilitação de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e ratifica a referência da instituição em assistência às Pessoas com Deficiência (PcD´s).

De acordo com a otorrinolaringologista do CIIR, Ana Alves, um dos principais sintomas que comprometem a voz é denominada de disfonia, que é caracterizada por alterações que afetam a sua qualidade, o timbre, tonalidade e volume.

“Os distúrbios de voz podem ter diferentes fatores e causas, sendo um deles, comportamental. Algumas crianças ou adultos que tendem a falar muito alto, por exemplo, podem desenvolver nódulo nas pregas vocais, popularmente conhecidos como calos. É um distúrbio comum em certos profissionais, a exemplo, os professores e cantores, pois precisam projetar a voz; e se for por um longo período, é bastante prejudicial para o futuro. Por isso, devem sempre estar acompanhados de profissionais especializados para o acompanhando durante a profissão”. 

Além destas causas, a especialista destaca outra doença que pode afetar a voz: o câncer na laringe. “O tumor maligno atinge as pregas vocais ou quaisquer outras partes da laringe. A depender do estágio da doença, o tratamento envolve cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação dessas indicações”, esclarece ao informar que existe a inflamação da laringe ou laringite e das pregas vocais, geralmente, tem origem em doenças respiratórias.

As comorbidades relacionadas à voz estão ligadas também a hábitos prejudiciais de fumar, ingerir bebidas alcoólicas e por um longo período, alimentos muito quentes ou muito gelados.  A médica alerta que os danos podem se tornar permanentes se não houver um tratamento adequado. Por isso, é importante a consulta com um otorrinolaringologista.

Suporte terapêutico – Para potencializar a comunicação por intermédio da voz, Heitor Miranda, de 8 anos, diagnosticado com autismo tem em seu plano terapêutico a fonoaudiologia conduzida por Natanaelly Figueiredo que acompanha a criança. 

“As terapias proporcionam ao Heitor, dentro das metas estabelecidas no acompanhamento, conquistar o neurodesenvolvimento. Ele é uma criança não verbal. Desta forma, para a sua evolução na comunicação, foi implementado a comunicação alternativa. Ele ainda não se comunica oralmente, mas a princípio, é importante implementar a CAA (Comunicação Alternativa ou Aumentativa) para que o Heitor se comunique de maneira funcional e efetiva com as pessoas”.

A profissional destaca que ao longo do acompanhamento, o menino pode alcançar o objetivo da fala, porque a comunicação, a estimulação e a inserção da comunicação alternativa não inibem a estimulação da linguagem verbal. “Há a possibilidade de após o uso da comunicação alternativa verbalizar de maneira funcional os objetos e desejos, por exemplo, de pedir algo para comer”. 

Ela acrescenta ainda que a Comunicação Alternativa e Aumentativa (CAA) pode ser inserida de diversas formas no acompanhamento clínico. “É utilizado fichas de comunicação que contém comandos, tais como, ‘chegou a hora de ir para casa ou tomar banho’. Por intermédio de figuras, ele identifica o que quer”. 

A mãe do pequeno usuário, Rosilea Costa, 42 anos, destaca os ganhos de desenvolvimento em comunicação, em sete meses, no Núcleo de Atendimento ao Transtorno do Espectro Autista (Natea), vinculado ao CIIR.

“Neste curto tempo, consigo perceber avanços. O Heitor melhorou o olhar compartilhado, consegue ter indícios de autonomia que antes não tinha como realizar os pedidos. Ele já tenta pronunciar palavras. Aos poucos, está se desenvolvendo e aguardo ansiosa ouvi-lo pronunciar as palavras, principalmente, mamãe!”, planeja a genitora. 

Estrutura – O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às pessoas com Deficiência (PCDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SRE).

Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157 /58 /59.

Texto com a colaboração de Tarcísio Barbosa / Ascom CIIR